A Polícia Militar libertou um homem de 41 anos, que foi sequestrado no domingo, 7, e levado a cárcere na região de Taipas, na zona norte de São Paulo. Ele foi pego por uma quadrilha que utilizava um aplicativo de relacionamentos para atrair suas vítimas.
O homem havia marcado um encontro por aplicativo e virou refém do grupo, que usava uma adolescente de 13 anos para atrair suas vítimas. E a polícia conseguiu localizar o local exato do cárcere com a ajuda de outro homem, de 40 anos, que havia sido mantido refém por menos de 24 horas da mesma quadrilha.
"Quando essa vítima foi libertada, ela entrou em contato com a PM e colhemos todas as informações, como rua onde foi deixada, características do local onde ficou, e enquanto ia falando tudo que se lembrava, um policial experiente logo percebeu onde era a rua. Aí conseguimos rastrear a última localização do celular e dava nesta mesma rua. Então mostramos para a vítima o local e ela falou que era lá mesmo", explicou o aspirante Nemer, da PM.
Com base nas informações colhidas da vítima, a polícia fez uma incursão ao possível local do cativeiro e logo detectou cinco "olheiros", pessoas designadas para fazer a vigilância. "Nós prendemos quatro pessoas, além da adolescente que era usada como isca e foi apreendida, e lá dentro da casa estava um casal, sendo um homem e uma mulher gestante. E conseguimos libertar a vítima", conta Nemer.
O homem libertado estava machucado, pois foi torturado pelos bandidos, e em estado de choque. A PM encontrou também um simulacro de pistola, uma arma de pressão air soft, que era usada para assustar as vítimas. "Entre domingo até o resgate, os meliantes foram até a casa dele e pegaram dinheiro, joias, no apartamento dele", explica.
A mesma quadrilha tinha feito duas vítimas distintas e além do pavor e choque por tudo que ocorreu, o prejuízo foi grande. O primeiro homem que havia sido liberado, teve de fazer um empréstimo de R$ 100 mil para os bandidos. Já o segundo, que precisou ir ao médico após ser resgatado, o prejuízo calculado é de cerca de R$ 1,5 milhão, pois além do roubo no apartamento, os criminosos fizeram transações bancárias via Pix e resgataram aplicações.
O automóvel de uma das vítimas foi encontrado próximo ao local e o caso está registrado no 33º Distrito Policial, na Vila Mangalot. Nos últimos meses, esse tipo de golpe cresceu bastante no Estado de São Paulo, que teve uma alta de roubos e furtos de 9,5% e 31,4% no 1º semestre, respectivamente.