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Rebeca luta por três pódios, se despede de série e mira recordes no Mundial

Estadão Conteúdo
05/11/2022 às 07:45.
Atualizado em 05/11/2022 às 07:52

Depois de mostrar que é a ginasta mais completa do mundo, ao conquistar um ouro inédito para o Brasil no individual geral do Mundial de Ginástica de Liverpool, Rebeca Andrade lutará por mais três medalhas ao longo do final de semana. Em busca de recordes, disputa a final das barras assimétricas, com início marcado para 11 horas deste sábado (horário de Brasília), um dia antes das decisões da trave e do solo, a partir das 10h30 de domingo.

A apresentação no solo marcará a última execução da coreografia de "Baile de Favela", que será substituída por uma nova série nas próximas competições. "É para mostrar tudo que o preto é capaz. Eu me sinto orgulhosa de levar essa música para o mundo", disse Rebeca sobre sua relação com o funk de autoria de MC João, após a conquista do individual geral.

Caso suba em dois pódios neste final de semana, a guarulhense de 23 anos se colocará ao lado de Diego Hypolito no topo da lista de ginastas do Brasil com mais medalhas em mundiais. Se terminar as três provas no pódio, isola-se como maior medalhista do país. Hypolito tem cinco, todas no solo: dois ouros, uma prata e dois bronzes. Já Rebeca, além do ouro desta semana, tem um ouro no salto e uma prata nas barras assimétricas, ambas da disputa de 2021, em Kitakyushu.

Primeira brasileira a conquistar duas medalhas em um mesmo Mundial, Rebeca também pode ser a primeira a somar três pódios em uma única edição. Outra possibilidade no horizonte é a de se isolar como ginasta com maior número de ouros em mundiais, posto que divide com Hypolito. A dona de duas medalhas olímpicas pode superar, ainda, outra marca do ex-ginasta, maior medalhista brasileiro na soma de Olimpíada e Mundiais, ao lado de Arthur Zanetti, com seis medalhas.

CAMINHO DURO

Rebeca se colocou como estrela da ginástica artística nacional a partir das conquistas do ouro no salto e da prata no individual geral dos Jogos de Tóquio. Antes disso, contudo, passou por momentos de frustração, principalmente em relação aos campeonatos mundiais.

Em 2015, quando era uma promessa de 16 anos, rompeu o ligamento do joelho direito e ficou de fora da edição de Glasgow. Novamente lesionada, perdeu os mundiais de 2017 e 2019. Entre os dois, competiu em 2018 voltando de lesão. Em 2020 não houve disputa por causa da pandemia. Então, na edição de 2021, chegou em totais condições, cheia de confiança após o sucesso em Tóquio, e levou duas medalhas para casa.

FINAIS

As expectativas para as finais deste final de semana são altas. Rebeca é uma das favoritas na decisão das barras assimétricas, no sábado, pois terminou a classificatória em terceiro lugar. No solo e na trave, finais de domingo, avançou em segundo e sétimo lugar, respectivamente. A disputa do solo, aliás, pode ter duas brasileiras no pódio, já que a única ginasta que ficou à frente de Rebeca na classificatória foi Flávia Saraiva.

O problema é que Flavinha está com dores no tornozelo, tanto que foi poupada da final do individual geral, para a qual tinha se classificado, e disputou apenas as barras assimétricas na decisão por equipes, que terminou com o Brasil em quarto lugar. Ela está em tratamento intensivo para se recuperar a tempo para a final.

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