O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Haitham Al Ghais, rejeitou nesta quinta-feira, 13, a ideia de que a demanda pela commodity chegará ao pico ainda na década que se encerra em 2030.
Em meio aos esforços pela transição a um modelo energético mais sustentável, especialistas defendem que o planeta deve reduzir drasticamente o uso de combustíveis fósseis, o que pressupõe redução na exploração do petróleo.
"Este é um comentário perigoso, especialmente para os consumidores, e só irá levar à volatilidade energética em uma escala potencialmente sem precedentes", criticou Al Ghais.
O líder da Opep reconheceu que as emissões de carbono precisam ser diminuídas, mas sem prejudicar uma oferta "ampla, confiável e acessível" de energia.
Para ele, o futuro do consumo petrolífero está nos países em desenvolvimento, que ainda precisam avançar no uso de serviços básicos.
Al Ghais dirigiu críticas, em particular, à Agência Internacional de Energia (AIE), que projeta um pico na demanda de petróleo antes de 2030.
Na visão dele, esse cenário seria negativo para as economias. "É simplesmente um continuação da narrativa anti-petróleo da AIE", disse.