O Ministério das Relações Exteriores da Suécia afirmou, em documento no qual aponta os benefícios da entrada do país na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que o "novo ambiente de segurança exige que se assuma a melhor forma de garantir a segurança da Suécia".
"A cooperação com a Otan é fundamental para desenvolver as capacidades das Forças Armadas suecas, tanto para a defesa nacional como para operações em país e além", diz o texto. "Os exercícios da Otan realizados na Europa contribuem para a estabilidade, e a participação da Suécia nessas atividades envia um importante sinal de política de segurança", completa.
O documento destaca que, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, a parceria entre a Suécia e Otan intensificou a troca de informações e a coordenação de atividades estratégicas ligadas à atual crise. "À luz da grave situação de segurança, a capacidade de defesa da Suécia está sendo fortalecida, e suas parcerias de defesa e segurança foram aprofundadas", diz.
No entanto, o Ministério ressalta que, dentro do enquadramento de cooperação atual, não há garantia de que a Suécia seria ajudada se fosse alvo de uma ameaça ou ataque sério. "A adesão da Suécia à Otan aumentaria o limiar para conflitos militares e, portanto, tem um efeito dissuasor no norte Europa. Se a Suécia e a Finlândia fossem membros da Otan, todos os países nórdicos e bálticos seriam abrangidos pela defesa coletiva garantias", argumenta.