O técnico Tite foi cobrado na entrevista coletiva pela falta de gols do Flamengo na eliminação para o Peñarol, após o empate sem gols, nesta quinta-feira, em Montevidéu. Bastante abatido, o treinador disse que não havia feito uma promessa, mas uma projeção.
"Eu coloquei prometo ou eu projetei? Você está me cobrando e tem todo o direito, mas eu não prometi. Eu não sou futurista. Eu disse que iríamos colocar isso, e era o objetivo de criar e fazer. Nesse aspecto sim. Só que promessa não foi. Projetei sim, trouxe responsabilidade para mim, sim; era para fazer gol, sim", disse Tite, que lamentou a falta de efetividade da equipe, mas destacou o empenho.
"Talvez se tivesse uma efetividade maior hoje pudesse acontecer. Talvez um repertório mais, talvez. Talvez as substituições que poderiam ser feitas por vocês e não por mim. Talvez. Se faz o gol no último lance que o goleiro faz a defesa, daqui a pouco a coisa se transforma. Futebol tem isso. Mas criou, botou volume. Faltou um gol", afirmou o técnico.
O técnico justificou em parte a desclassificação pela falta do atacante Pedro, que sofreu lesão no joelho e só retorna em 2025. "Nós tivemos um calendário com uma série de dificuldades. A maior delas, volto a dizer, pela moldagem da equipe, foi o Pedro: o jogador de área, da infiltração, com as características dele, não estou falando em demérito aos demais. A estrutura ofensiva se perdeu um pouco, a gente tentou com o BH, o retorno do Gabi, Carlinhos... No produto final, ela (equipe) não fez o que deveria ter feito."
Tite não culpou a diretoria por não ter contratado um substituto para Pedro. "A direção trouxe todos e tudo que foi possível e que foi prometido. Tudo. O que aconteceu é que acidentes, do tamanho de quatro jogadores... O bom senso. Olha o que a gente perdeu: Pedro, o goleador da equipe; Cebolinha no melhor momento da carreira dele; Luiz (Araújo) da mesma forma; Viña que vinha também trabalhando."