As forças armadas da Ucrânia afirmam que usaram bombas planadoras de alta precisão dos EUA para atacar a região russa de Kursk e que recapturaram algum território na região de Kharkiv, no leste ucraniano, que tem estado sob uma ofensiva da Rússia desde a primavera do Hemisfério Norte.
O comandante da Força Aérea da Ucrânia, tenente-general Mykola Oleschuk, divulgou um vídeo na noite de quinta-feira, 22, que mostra uma base de pelotão russa sendo atingida em Kursk, onde as forças ucranianas lançaram uma incursão surpresa na fronteira em 6 de agosto. Ele disse que o ataque com bombas GBU-39, que foram fornecidas pelos Estados Unidos, resultou em baixas russas e na destruição de equipamentos.
Paralelamente, autoridades russas informaram nesta sexta-feira, 23, que obtiveram algum sucesso em fazer as forças ucranianas recuarem em algumas áreas da região de Kursk. Já a 3ª Brigada de Assalto Separada da Ucrânia disse que suas forças avançaram quase dois quilômetros quadrados na região de Kharkiv. Não foram divulgados detalhes sobre o momento, a escala e a área da ofensiva, e é difícil prever seu impacto no campo de batalha.
Muitos dos apoiadores da Ucrânia se opõem ao uso de armas doadas pelo país para outros fins que não sejam defensivos. No entanto, a Ucrânia argumentou que sua incursão em Kursk é essencialmente defensiva e tem como objetivo minimizar os ataques ao solo ucraniano vindos dessa região russa.
Autoridades dos EUA disseram que Washington apoia o uso pela Ucrânia de armas de alcance mais curto, como bombas planadoras, em seus ataques através da fronteira. Até o momento, os EUA limitaram apenas o uso de mísseis ATACMS de longo alcance para ataques nas profundezas da Rússia.