O Alto Representante da União Europeia, Josep Borrell, anunciou nesta segunda-feira, 12, que o bloco definiu adotar novas sanções contra o Irã. Em coletiva de imprensa após reunião dos ministros das relações exteriores da UE, o diplomata afirmou que a decisão foi tomada por conta das violações de direitos humanos cometidos pelo governo iraniano e pelo apoio que o pais ofereceu à Rússia na guerra da Ucrânia.
Borrell afirmou ainda que o retorno ao acordo nuclear com o Irã (JCPOA, na sigla em inglês) está em uma situação muito difícil. "Mas acho que não temos uma opção melhor do que o JCPOA para garantir que o Irã não desenvolva armas nucleares. Isso permanece em nosso próprio interesse", disse.
"É por isso que ainda acredito que temos que separar as sanções sobre direitos humanos e fornecimento de armas à Rússia do programa nuclear cuja escalada é uma grande preocupação. E apesar do fato de que o acordo nuclear permanece em um impasse e a escalada do programa nuclear do Irã é uma grande preocupação, temos que continuar engajados tanto quanto possível na tentativa de reviver este acordo", avaliou o espanhol.
"As autoridades continuam com a repressão de mulheres e jovens iranianos, manifestantes iranianos. Está claro agora que as autoridades iranianas começaram a executar sentenças de morte relacionadas aos manifestantes. Consideramos inaceitável o uso da pena capital como instrumento de repressão", afirmou ainda. "No novo pacote de sanções por violações de direitos humanos, visamos os responsáveis por essa repressão continuada contra os manifestantes", disse, citando que existem 21 alvos listados.