Internacional

UE diz que resultados das eleições na Venezuela 'não podem ser reconhecidos'

Estadão Conteúdo
04/08/2024 às 21:37.
Atualizado em 04/08/2024 às 21:43

Após sete países da União Europeia emitirem uma declaração conjunta para que o governo da Venezuela divulgasse as atas da eleição presidencial no sábado, a União Europeia afirmou na noite deste domingo, 4, que os resultados na região "não podem ser reconhecidos".

"O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) ainda não publicou os registros oficiais de votação das seções eleitorais. Sem evidências para apoiá-los, os resultados publicados em 2 de agosto pelo CNE não podem ser reconhecidos", afirmou em nota o bloco econômico que reúne 27 países do continente europeu.

O comunicado menciona ainda que qualquer tentativa de atrasar a publicação completa dos registros oficiais de votação só lançará mais dúvidas sobre a credibilidade dos resultados oficialmente publicados.

O bloco europeu acrescenta que cópias dos registros de votação eleitoral publicados pela oposição e revisados por diversas organizações independentes indicam que Edmundo González Urrutia, o líder da oposição, parece ser o vencedor das eleições presidenciais por uma maioria significativa.

Para a União Europeia, é necessário que seja realizada uma verificação independente dos registros eleitorais por meio de uma entidade de grande renome.

"A União Europeia está seriamente preocupada com o número crescente de detenções arbitrárias e o assédio contínuo da oposição", afirmou o bloco europeu, pedindo que as autoridades venezuelanas interrompam o avanço nas detenções arbitrárias, além de conter a repressão e cessar a retórica violenta contra membros da oposição e da sociedade civil, em conjunto com a libertação dos presos políticos.

Por outro lado, o bloco defendeu que as manifestações políticas na região permaneçam pacíficas. "A União Europeia pede calma e contenção. As autoridades venezuelanas, incluindo as forças de segurança, devem respeitar integralmente os direitos humanos, incluindo a liberdade de expressão e de reunião."

A organização também reconheceu os esforços dos "parceiros regionais" voltados para a promoção do diálogo, além de uma solução negociada para a crise.

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