A Associação de Tênis dos Estados Unidos (USTA, na sigla em inglês) informou nesta terça-feira que tenistas da Rússia e de Belarus serão aceitos no US Open deste ano, no fim de agosto. Mas avisou que os atletas, caso do número 1 do mundo, Daniil Medvedev, terão que competir sob bandeira neutra, a exemplo do que aconteceu na Olimpíada de Tóquio, no ano passado.
A medida vai na contramão do que decidiu a organização do Torneio de Wimbledon, outro Grand Slam do circuito profissional de tênis. A competição inglesa impediu a participação de russos e belorussos na edição deste ano, que começa no dia 27 deste mês, como retaliação pela invasão da Ucrânia, no fim de fevereiro.
A decisão gerou polêmica no mundo do tênis. As associações do tênis masculino (ATP) e feminino (WTA) criticaram o veto e decidiram retirar os pontos do torneio inglês em todos os rankings, de simples e de duplas.
A postura da USTA se alinha à ATP e à WTA, que não impediram tenistas de nenhuma nacionalidade no circuito. Apenas vetaram o uso das bandeiras da Rússia e de Belarus por parte dos atletas, o mesmo que fará o US Open neste ano.
"A USTA, ao lado das demais entidades ligadas ao tênis, já condenou e segue condenando a injusta e não provocada invasão da Ucrânia pela Rússia", afirmou a entidade americana, em comunicado. "Apoiamos o banimento das federações de tênis da Rússia e de Belarus junto à Federação Internacional de Tênis (ITF) em todas as competições internacionais por equipes", reforçou.
A decisão vai permitir ao US Open contar com tenistas como o russo Daniil Medvedev, atual campeão em Nova York e número 1 do mundo desde segunda-feira. Outro que voltará a disputar um Grand Slam é Andrey Rublev, número oito do mundo. A chave feminina terá as belarussas Aryna Sabalenka (5ª do mundo) e Victoria Azarenka, ex-número 1 do mundo e atual 19ª, e a russa Daria Kasatkina (12ª).