O Vasco quer enfrentar o Sport no Maracanã pela 15ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, no dia 3 de julho. A partida é um confronto direto pelo acesso à elite do torneio nacional. Porém, pode ser preciso jogar em São Januário, com público menor. O Consórcio Maracanã não quer liberar o mando devido a um jogo do Fluminense no dia anterior ao do cruzmaltino.
Segundo o Consórcio, a partida entre Fluminense e Corinthians, válida pela 14ª rodada da Série A, "inviabiliza o cumprimento do prazo mínimo recomendado para a manutenção da qualidade do gramado" por ocorrer em um intervalo menor do que 24 horas. O jogo entre tricolores e alvinegros é às 16h30 de sábado, dia 2. Já a partida do cruzmaltino seria às 16h de domingo (3).
O Vasco afirma que essa justificativa é uma "tentativa de impedir que um maior número de seus torcedores possam acompanhar o clube" e enfatiza que a capacidade do Maracanã é três vezes maior que a do estádio de São Januário.
CRONOGRAMA
O Consórcio também justifica que já previa de 8 a 10 jogos no Maracanã para o mês de julho. O Rubro-Negro tem cinco jogos em casa no mês de julho. O Tricolor, três. O teto, contudo, não seria estourado, mesmo que Flamengo e Fluminense avançassem na Copa do Brasil. A partida entre Vasco e Sport seria, então, a 10ª prevista pelo cronograma de julho.
O Vasco já oficializou seu interesse em participar da licitação para administração do complexo do Maracanã. Atualmente, o espaço é gerido por Flamengo e Fluminense, que ganham prioridade para o uso do estádio. A 777 Partners, que está próxima de confirmar a aquisição da SAF vascaína, entende ser importante ter uma alternativa a São Januário, em jogos mais chamativos.
LEVANTAMENTO
Um dos argumentos do cruzmaltino é que pelo menos 10 partidas não seguiram o intervalo de 24 horas nos últimos dois anos. Também foi constatada a sequência de até quatro jogos em apenas sete dias, em outubro de 2020. "O cerceamento do direito do Vasco da Gama de atuar no Maracanã configura, mais uma vez, a falta de igualdade de condições para utilização do estádio pelos grandes clubes do Rio de Janeiro" afirma nota do clube. "Fere diretamente o disposto no termo precário de permissão de uso firmado com o Governo do Estado", completa.