NA CRACOLÂNDIA

Ação causa atrito entre prefeitura e governo de SP

Polícia Civil prendeu 30 pessoas na região após conflito com usuários

Da redação
faleconosco@rac.com.br
24/01/2014 às 10:13.
Atualizado em 27/04/2022 às 18:42

Uma ação da Polícia Civil na Cracolândia, região central de São Paulo, com bombas de efeito moral e balas de borracha, provocou atrito entre o governo do Estado e a Prefeitura, que desenvolve há uma semana uma intervenção na região. O prefeito Fernando Haddad (PT) convocou a imprensa para afirmar que a operação policial foi "lamentável" e que ligou para o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para reclamar, segundo informação do jornal Estado de São Paulo. A administração municipal afirmou que ação poderá atrapalhar o programa da prefeitura - que pretende remover os usuários de crack para hotéis da região e receber R$ 15 desde que eles trabalhem quatro horas em serviçoes para varrer o Centro da Cidade. De acordo com a polícia, usuários se rebelaram contra os policiais que estavam no local para prender traficantes, em uma ação de rotina do Dernarc, e iniciaram o confronto arremessando pedras e danificando viaturas.  Três policiais e dois dependentes ficaram feridos, e 34 pessoas foram detidas (4 ficaram presas). "Eu só vou dar uma declaração a respeito do episódio, que eu classifico como lamentável", disse Haddad, sobre a ação do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), ainda segundo o Estado de São Paulo. "O que houve foi uma ação da Polícia Civil sem que a Prefeitura ou a Polícia Militar tivessem conhecimento, rompendo diálogo produtivo e profícuo", acrescentou o prefeito. Haddad afirmou que o secretário municipal de Segurança Urbana, Roberto Porto, estava presente na hora e foi "vítima de uma ação completamente desnecessária". "Eu liguei para o governador, expus a ele a situação. Inclusive a situação dos agentes da municipalidade, que atuavam lá, o próprio secretário Porto estava lá." O prefeito fez apenas um pronunciamento e deixou o secretariado para responder as perguntas. A equipe de Haddad e também a assessoria de Alckmin mantiveram em sigilo o que o governador disse no telefonema.Fonte: O Estado de São Paulo

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