O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quinta-feira que irá à convenção nacional do partido, no sábado, 18, em Brasília, ao lado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do ex-governador José Serra, e que os paulistas estarão "muito bem representados" na nova executiva da sigla. O senador mineiro Aécio Neves, que pretende disputar o Palácio do Planalto em 2014, será eleito presidente nacional do PSDB no evento, em uma etapa para construir a candidatura à Presidência da República.
"São Paulo, com certeza, vai estar bem representada na vice-presidência, na secretaria-geral, na secretaria do partido, entre os membros da Executiva. O Brasil é um país continental, são 27 Estados, então você vai procurar compor uma direção nacional, que todas as regiões estejam representadas", disse o governador após participar de um evento na capital paulista.
Apesar de o nome de Aécio enfrentar resistência de parte do PSDB em São Paulo, principalmente do grupo ligado a Serra, Alckmin fez questão de dizer que o senador é o "nosso" candidato a presidente do PSDB e que ele tem "toda a liderança para comandar o partido".
Os paulistas devem manter a vice-presidência com o ex-governador Alberto Goldman, um dos tucanos mais próximos de Serra, que tem dito que Aécio ainda precisa construir sua candidatura ao Planalto. O PSDB de São Paulo também espera ocupar a secretaria-geral, cargo responsável por cuidar da máquina partidária propriamente dita. O deputado Mendes Thame é o mais cotado para esse posto.
Ao ser questionado sobre a presença de Serra na convenção de sábado, Alckmin afirmou que o partido está providenciando uma "condução" para que eles e FHC viajem juntos para Brasília.
Embora Aécio já tenha sido anunciado como pré-candidato da sigla à Presidência por lideranças do PSDB, Alckmin disse que a escolha do senador para comandar o partido não significa que ele vá ser o candidato do PSDB à Presidência: "Nós temos vários bons candidatos, mas essa decisão deve ser no final do ano".