Grupo solidário

Amigos se unem, em Santa Maria (RS), para ajudar famílias isoladas

“Já compramos 6,5 toneladas de alimentos só com as doações de amigos”, disse o grupo à Gazeta de Piracicaba

Da Redação
11/05/2024 às 09:07.
Atualizado em 11/05/2024 às 09:17
Doação de marmitas em uma das Vilas atendidas pelo grupo de amigos (Divulgação)

Doação de marmitas em uma das Vilas atendidas pelo grupo de amigos (Divulgação)

Civis se mobilizam no Rio Grande do Sul para ajudar as vítimas das enchentes. Um grupo de 10 a 15 amigos, formado por iniciativa do Giovani Busanello Ávila, 30 anos, natural de Santa Maria (RS), região central do Estado, está arrecadando doações por Pix, e revertendo os valores na compra de cestas básicas, cobertores, material de limpeza e higiene, travesseiros, fraldas, lenços umedecidos, “tudo o que as pessoas precisam de urgência para sobreviver”.

“Já compramos 6,5 toneladas de alimentos só com as doações de amigos”, disse à Gazeta. 

Para fazer chegar esses alimentos até as famílais que ainda estão isoladas, o grupo se utiliza de caminhonetes e barco. O trabalho é árduo. “Tivemos muita chuva e temos muitos desabrigados”, observa.

 Ele conta que a cerca de 15/30/40 Km de Santa Maria fica a quarta colônia da imigração italiana. São várias pequenas cidades, uma ao lado da outra, envolta a serra e morros, onde aconteceram muitos deslizamentos. “Ainda hoje temos famílias ilhadas, sem acesso. A prefeitura e o Estado, às vezes, não sabem o tamanho da tragédia, nem quantas pessoas ainda não tiveram acesso à comida e água. Há lugares sem água potável”, relata. 

Na sexta-feira, voltou a chover forte na região de Santa Maria. “Hoje (ontem) de manhã tivemos um deslizamento gigantesco na cidade de Silveira Martins, com barro para todos os lados. Ainda tem gente ilhada, conseguimos chegar mais próximo das famílias e transportar cestas básicas e itens de higiene”, relata. 

Ele prossegue: “Muitos locais nos solicitam ajuda e tentamos ao máximo ir ao encontro dessas pessoas. Fomos com três caminhonetes carregados de doações. Ontem fomos com cinco. A ideia não é só doar, mas botar a mão na massa e trabalhar para conseguir dar atenção a essas pessoas que precisam de nossa ajuda”, afirma.

Giovani conta que em uma das vilas que ajudaram, com doações de marmitas, em uma atividade uma criança desenhou uma pessoa doando um coração para outra. “Isso me marcou muito. Esse é o sentido de tudo. Não é só marmita, alimento, material, é amor, carinho, ter empatia e poder levar um pouco de conforto a essas pessoas afetadas, nesse momento tão dificil”.

O movimento
Giovani conta que o movimento para conseguir ajuda começou com Pix de R$ 10, R$ 20, R$ 30, R$ 50, R$ 100 e tomou proporções gigantescas. “Temos doações dos Estados Unidos, Irlanda, São Paulo, Roraima, Rondônia, Paraná, Santa Catarina, Goiás. E muitos caminhões estão vindo e é só gratidão”, comenta.

O grupo pretende seguir arrecadando para, num segundo momento, trabalhar com a reconstrução das casas. “Daí , vamos precisar de um aporte maior, além de camas, colchões e eletrodomésticos. porque nesses locais da quarta colônia tem gente que perdeu absolutamente tudo”.

Como ajudar
Quem quiser ajudar o trabalho de Giovani Ávila e seus amigos pode fazer doação pelo PIX (55) 9 9166-1717.

Diariamente, Giovani faz a prestação de conta dos valores doados e as compras realizadas em seu story.

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