Impulsionada pelo ingresso de cerca de R$ 1,48 bilhão de receitas com o Refis (parcelamento de débitos tributários), a arrecadação de impostos e contribuições federais cobrados pela Receita Federal atingiu R$ 118,364 bilhões em dezembro de 2013, recorde para o mês. Houve alta real (com correção da inflação pelo IPCA) de 8,25% ante dezembro de 2012. Em relação a novembro de 2013, a arrecadação apresentou uma alta real de 4,24%. Os dados foram divulgados pela Receita Federal nesta terça-feira (22).A arrecadação das chamadas receitas administradas pela Receita Federal somou R$ 116,164 bilhões no mês passado. As demais receitas (taxas e contribuições recolhidas por outros órgãos) foram de R$ 2,2 bilhões. No ano de 2013, a arrecadação somou R$ 1,138 trilhão, uma alta real de 4,08% sobre 2012. O valor é recorde histórico e o crescimento das receitas ficou acima da projeção da Receita Federal, que era de 2,5%.A arrecadação em função da reabertura do Refis 2013 somou R$ 21 785 bilhões entre outubro e dezembro. O programa foi reaberto no ano passado para aumentar as receitas do governo.DesoneraçõesA Receita Federal deixou de arrecadar R$ 77,794 bilhões em 2013 em função das desonerações tributárias. O impacto dos cortes de tributos aumentou 67,43% em relação a 2012, quando foi registrada perda de R$ 46,464 bilhões. O maior impacto das desonerações ao longo do ano foi com a folha de salários, que somou R$ 13,190 bilhões. O governo também deixou de arrecadar R$ 11,481 bilhões com a desoneração da Cide-Combustíveis, medida adotada para diminuir o impacto da alta do preço da gasolina para o consumidor final e para ajudar no controle da inflação. Já a desoneração do IPI somou R$ 11,822 bilhões. A Receita calculou que o impacto das desonerações apenas em dezembro de 2013 foi de R$ 7,314 bilhões ante R$ 4,588 bilhões no mesmo mês de 2012.