O presidente sírio, Bashar al-Assad, completa 48 anos nesta quarta-feira (11) sem ter conseguido afastar a perspectiva de ataques militares, defendidos por Estados Unidos e França, que o acusam de ter utilizado armas químicas contra civis. Um site pró-regime pediu aos moradores de Damasco que demonstrem apoio ao chefe Estado em um cortejo de veículos que partirá do bairro de Mazeh e prosseguirá até o centro da cidade. Oftalmologista formado na Inglaterra e pai de três filhos, Bashar al-Assad sucedeu o pai Hafez, falecido em 2000. Mas o posto, na verdade, correspondia a seu irmão mais velho, Basel, morto em um acidente de trânsito. Desde março de 2011, enfrenta uma revolta que virou uma rebelião e armada e que deixou mais de 110 mil mortos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma ONG com sede na Grã-Bretanha e que tem uma ampla rede de militantes. No início de seu governo, Assad foi considerado um reformista em potencial por suas declarações a favor da abertura política e econômica, mas depois do início da revolta síria ele optou pelo caminho da força e disse que não cederia, pelo menos antes do fim de seu atual mandato em 2014. No campo de batalhas, os rebeldes sírios permaneciam nesta quarta-feira na cidade cristã de Maalula, perto de Damasco, da qual o exército tenta expulsá-los, informou uma fonte das forças de segurança. Na terça-feira, os insurgentes anunciaram que haviam deixado a localidade. "Ainda há pequenos focos rebeldes em Maalula e em seu perímetro", disse a fonte. Maalula é estratégica para os rebeldes, que tentam cercar Damasco e assumir o controle da principal estrada que liga a capital a Homs, uma via chave para o abastecimento das tropas do regime. Maalula é uma das cidades cristãs mais conhecidas da Síria e seus habitantes ainda falam aramaico.