DEFESA

Assad considera acusações ocidentais insensatas

Assad ameaçou que se os EUA tentar agir em território sírio sofrerá um revés como no Vietnã

France Press
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26/08/2013 às 08:16.
Atualizado em 27/04/2022 às 16:10

O presidente sírio, Bashar al-Assad, chamou de "insensatas" as acusações ocidentais sobre um suposto ataque químico executado por seu regime e advertiu o governo dos Estados Unidos que os projetos de intervenção militar na Síria estão "condenados ao fracasso". Em uma entrevista ao jornal russo Izvestia, Assad disse que "as declarações feitas por políticos nos Estados Unidos e Ocidente são um insulto ao senso comum". Washington sofrerá um revés como em todas as guerras anteriores que iniciou, começando pelo Vietnã, se decidir realizar uma operação militar na Síria, completou. "Não faz sentido acusar primeiro e buscar as provas depois". O secretário de Estado americano John Kerry ligou no domingo para o secretário-geral da ONU e para os chefes da diplomacia da Grã-Bretanha, França, Canadá e Rússia para informar que tem "poucas dúvidas" sobre o uso de armas químicas por Damasco em 21 de agosto contra alvos rebeldes nos subúrbios da capital síria. Especialistas da ONU devem seguir nesta segunda-feira para o local do suposto ataque químico, depois que receberam no domingo a autorização do regime de Damasco. Os investigadores da ONU seguirão para a região de Ghuta oriental, local do suposto ataque com armas químicas da semana passada. A missão, composta por uma dezena de inspetores e dirigida pelo sueco Aake Sellstrom, desembarcou em Damasco em 18 de agosto para investigar denúncias de outros supostos ataques. Mas três dias depois da chegada, o exército sírio executou um ataque ao oeste de Damasco, durante o qual a oposição acusa o regime de ter utilizado armas químicas, e matou mais de 1.000 pessoas, também segundo os opositores a Assad. A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) informou sobre "3.600 pacientes com sintomas neurotóxicos" que chegaram na quarta-feira a três hospitais da província de Damasco, dos quais 355 faleceram, apesar da ONG não ter conseguido "confirmar cientificamente a causa dos sintomas nem estabelecer a responsabilidade do ataque". O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) contabilizou mais de 300 mortos por gás tóxico, incluindo dezenas de rebeldes

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