Dois ativistas do Greenpeace conseguiram subir nesta quarta-feira em uma plataforma de petróleo da empresa russa Gazprom no Ártico para protestar contra o perigo da exploração de combustível na região. A guarda costeira interceptou um bote do Greenpeace que seguia para a plataforma Prirazlomnaia do mar de Pechora, no Ártico russo. Dois militantes foram detidos, mas outros dois conseguiram alcançar a plataforma e se prenderam ao local com cordas, informou a organização ecológica. A guarda costeira efetuou 11 disparos de advertência perto da embarcação do Greenpeace, o "Arctic Sunrise", segundo a ONG, que denunciou um "uso desproporcional da força". O Serviço Federal de Segurança russo (FSB) confirmou os disparos para obter o fim das "ações ilegais" do Greenpeace. "A Gazprom pretende iniciar a produção na plataforma Prirazlomanaia no primeiro trimestre de 2014, com o risco de provocar um vazamento de petróleo em uma área na qual existem três reservas naturais protegidas pela lei russa", destacou o Greenpeace. Segundo a organização, a Gazprom será "a primeira empresa a produzir petróleo nas águas glaciais da região". A Rússia tem como prioridade a exploração do Ártico, uma gigantesca área rica em combustíveis que ainda não foi explorada. O Greenpeace também acusa as grandes empresas ocidentais de um trabalho conjunto com a Rússia, aproveitando a legislação ambiental menos exigente de Moscou.