COPOM

BC eleva Selic após inflação mais alta que o esperado

A decisão do BC, tomada de forma unânime pelos diretores e o presidente Alexandre Tombini

Agência Estado
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16/01/2014 às 09:04.
Atualizado em 27/04/2022 às 18:28

Em resposta direta à alta da inflação no ano passado, o Banco Central (BC) surpreendeu boa parte do mercado ao decidir nesta quarta-feira, 15, elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 0,50 ponto porcentual - e não em 0,25 ponto, como vinha sinalizando nos últimos meses. A partir desta quinta, a Selic está cotada em 10,5% ao ano. A decisão do BC, tomada de forma unânime pelos diretores e o presidente Alexandre Tombini, deixou a porta aberta para um novo aumento neste início do ano. Pressionado pela alta dos preços, o BC deixou em segundo plano o desempenho da economia, que encolheu 0,5% no terceiro trimestre do ano passado. Em dezembro, o IPCA marcou alta de 0,92%, maior índice para meses de dezembro de toda a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice ficou bem acima do que esperavam analistas de mercado, consultorias e o próprio governo. No ano, o IPCA fechou em 5,91% superando os 5,84% de 2012, resultado inverso ao esperado pelo governo. A piora nos índices de preços será um dos principais temas da eleição de outubro, quando a presidente Dilma Rousseff tentará um novo mandato. O cenário repete o que ocorreu em 2010 e deve levar o BC a interromper o ciclo de aperto da Selic antes do período mais acirrado da disputa eleitoral. Em seu comunicado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC destacou que decidiu por uma elevação de 0,50 ponto porcentual "neste momento", expressão que deve guiar as apostas para a próxima reunião do comitê.

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