ERRO HUMANO

Bebê tem leite injetado na veia por engano em hospital

Técnica de enfermagem de 19 anos admitiu erro: a bebê prematura foi medicada e o quadro é estável

04/06/2013 às 17:54.
Atualizado em 27/04/2022 às 14:25

Uma técnica de enfermagem, de 19 anos, do Hospital São Francisco de Assis, de Jacareí, injetou leite ao invés de medicação na veia de uma menina prematura, que está internada na UTI neonatal do hospital. O bebê foi socorrido a tempo e seu quadro é estável, segundo a família.

O caso foi denunciado à Polícia pelo pai da criança, o mestre de obras Roberto Ferreira, 44 anos, que chegou a ver a técnica de enfermagem cometendo o erro na noite da última sexta-feira (31/5).

Em depoimento ao delegado seccional de Jacareí, Tális Prado Pinto, a técnica teria admitido o erro e afirmado que não tinha experiência para trabalhar com crianças.

Segundo o delegado, ela contou que trabalhava há apenas um mês no hospital e que sua última experiência teria sido em terapia ocupacional de empresas. "Ela disse que foi uma fatalidade, que nunca tinha trabalhado com crianças e que sua experiência era como enfermeira de empresas", disse o delegado.

Em nota, o hospital informou que afastou a profissional e que vai abrir sindicância interna para apurar o caso.

O pai da menina também não acredita que a técnica de enfermagem tenha agido de má fé. "Acho realmente que foi uma fatalidade. Ela não fez de propósito e já perdoei a moça", disse Ferreira.

Ele contou que sua filha nasceu prematura, de seis meses, em um hospital de São José dos Campos e há quatro meses está internada. No último mês, foi transferida para o Hospital São Francisco, em Jacareí, cidade em que a família mora.

"Quando entrei na UTI, vi a enfermeira injetando o leite na veia da minha filha. Felizmente, cheguei a tempo de socorrê-la", disse Ferreira. A menina é filha única do casal.

Os próximos a serem ouvidos pela Polícia serão a direção do hospital, o Conselho Regional de Enfermagem e médicos.

Se ficar configurado o erro da técnica de enfermagem, ela pode ser indiciada por lesão corporal culposa, cuja pena é de 2 meses a 1 ano de prisão.

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