ACIDENTE

Bombeiros resgatam quinto corpo no Rio Piracicaba

Resgate das cinco vítimas de acidente em obra de anel viário de Piracicaba terminou nesta terça

Ana Cristina Andrade
ana.andrade@gazetadepiracicaba.com.br
16/07/2013 às 21:57.
Atualizado em 27/04/2022 às 15:22

O quinto é último corpo das cinco vítimas fatais do acidente na obra do anel viário de Piracicaba foi resgatado nesta terça-feira (16) pelos bombeiros, 17 dias após o desabamento das vigas da ponte que provocou as mortes. Cinco operários morreram e ficaram prensados embaixo do concreto e das ferragens do pilar que tombou dentro do Rio Piracicaba, na manhã do dia 1º de julho. Outros cinco que trabalhavam na obra sobreviveram.

O corpo de Adalto Dias foi reconhecido pela mulher e liberado ontem para o enterro. Para resgatar Dias não houve necessidade de cortar o concreto. Quando os ferros foram cerrados, o corpo boiou. Os trabalhos de retirada dos materiais já vinham sendo feitos.

Ao final do dia, os bombeiros também localizaram outra parte do corpo que teve um membro inferior encontrado no dia 5 e um dos ombros com o braço no dia 8. A expectativa é de que seja de Adenilson José de Oliveira, de 35 anos. Um familiar dele já doou o sangue para exame de DNA. Agora, com a outra parte localizada, a polícia não informou se ainda necessita do exame.

Os bombeiros encerraram os trabalhos no local. Ficam agora os mergulhadores de Santos, que vão trabalhar na remoção do concreto. A Construtora Tardelli, responsável pela execução da obra, informou ontem que não vai dar continuidade aos trabalhos enquanto não ficar pronto o laudo pericial.

Os primeiros corpos foram resgatados no dia 4 de julho e eram de Aleandro Souza dos Santos, de 25 anos, e Anderson José de Oliveira, de 35. Um dia depois os bombeiros retiraram do rio o corpo de Divaldo Ferreira da Mota, de 40 anos, e um membro inferior (perna) de outra vítima. Dia 8 foi localizado o ombro. Ontem foi localizado o corpo de Adalto Dias e agora falta identificar Adenilson Oliveira.

Em nota, a empresa diz que “cumprida a primeira e prioritária fase de localização e resgate das vítimas, a Construtora Tardelli Ltda. continuará dedicando apoio amplo, inclusive psicológico, às famílias enlutadas, bem como aos seus colaboradores traumatizados pelo ocorrido, além de apoiar, espontaneamente, as autoridades competentes na identificação das causas do acidente”.

Acidente

Por volta das 9h da manhã de 1º de julho, dez operários trabalhavam na instalação do pilar 7 da ponte sobre o Rio Piracicaba. De repente, o pilar começou a tombar. Alguns operários perceberam, soltaram os cintos de segurança e pularam. Outros não tiveram tempo e foram parar embaixo da estrutura de concreto.

Além de peritos de Piracicaba, que foram ao local no mesmo dia, funcionários do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) também colaboraram na análise do acidente.

O inquérito policial está sendo conduzido pela delegada Eliana Rodrigues Carmona, titular do 4º DP de Piracicaba, que já ouviu os sobreviventes e alguns familiares das vítimas fatais. Segundo ela, nos primeiros depoimentos, ninguém havia reclamado de falta de segurança na obra. Um diretor da Concessionária Rodovias do Tietê também seria ouvido. A previsão é de que o laudo fique pronto na primeira quinzena de agosto.

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