GREVE

Cabral evita comentar confronto entre PM e professores

Confronto entre PM e manifestantes deixa 23 feridos no Centro do Rio de Janeiro nesta terça

Da Agência Brasil
correiopontocom@rac.com.br
02/10/2013 às 12:47.
Atualizado em 27/04/2022 às 16:42

O governador do Rio, Sérgio Cabral, não fez comentários sobre a ação da PM nessa terça-feira, 01, na repressão aos protestos dos professores municipais durante a votação do Plano de cargos e salários da categoria na Câmara Municipal da capital. Em um discurso de 16 minutos, feito hoje, durante o lançamento do Programa de Apoio à Indústria de Plástico do estado do Rio, no Palácio Guanabara, Cabral fez mais um balanço otimista de seu governo. "É muito bom chegar ao sétimo ano do governo com outra perspectiva", disse ele, para uma plateia de empresários, secretários e assessores. "O estado do Rio paga hoje o melhor salário estadual para professores do Brasil em hora-aula. Quando cheguei, os professores estavam havia 12 anos sem reajuste. Pagamos bonificação para escolas por desempenho", afirmou o governador. Cabral evitou dar entrevista após o pronunciamento, retirando-se rapidamente.Vinte e três pessoas ficaram feridas, sendo 12 policiais militares, durante os confrontos ocorridos no centro do Rio entre a Polícia Militar (PM) e manifestantes na noite desta terça-feira (1º). Os policiais tiveram ferimentos leves e já foram liberados do Hospital Central da Polícia Militar. Os demais feridos foram levados para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro, de onde já foram liberados, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Além disso, o centro amanheceu com marcas de destruição. Agências bancárias, prédios públicos e comerciais, pontos de ônibus, placas de trânsito, lixeiras e uma cabine policial foram destruídos.Confronto entre PM e manifestantes deixa 23 feridos no RioNo fim da noite de ontem (1º), a Tropa de Choque da PM dispersou, com bombas de gás lacrimogêneo, os manifestantes que retornaram às escadarias da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, após a aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos professores da rede municipal de ensino. A manifestação era formada por professores municipais e membros do grupo Black Bloc.De acordo com a Polícia Militar, 17 pessoas foram detidas e conduzidas para delegacias da região central da cidade. A PM informou ainda que, entre os presos, nenhum era professor. A Polícia Civil informou que o manifestante Ojuoba Bruno Marinho Barros da Silva, de 25 anos, teve a liberdade condicional revogada e foi encaminhado para uma unidade prisional da Secretaria de Administração Penitenciária do estado.Para o relações públicas da PM, tenente-coronel Cláudio Costa, a Polícia Militar agiu para de garantir o direito democrático de manifestação dos professores. “O que vimos ontem foi a participação de um grupo de vândalos que se infiltrou no meio do movimento atacando a Polícia Militar, trazendo todo o transtorno visto.”A PM vem trabalhando para melhorar as ações durante protestos, segundo ele. Sobre o bloqueio das ruas em torno do Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal, o relações públicas disse que a ação foi necessária para “garantir o funcionamento da sessão plenária que decidiu pelo plano de carreira dos professores”.Os professores retiraram o acampamento montado na Rua Alcindo Guanabara, ao lado da Câmara Municipal, na manhã de hoje (2). As nove barracas estavam no local desde a madrugada de domingo (29), quando os profissionais da educação foram expulsos do plenário da Casa. Os professores municipais informaram que a greve vai continuar e uma assembleia está marcada para sexta-feira (4).

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