A Casa Branca se negou nesta segunda-feira (16) a negociar com Edward Snowden em troca dos documentos roubados pelo ex-analista de inteligência e exigiu que volte aos Estados Unidos, onde é acusado de espionagem. "Nossa posição não mudou", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, sobre a situação de Snowden, que está na Rússia, onde recebeu asilo temporário. Carney reagiu dessa forma depois de Rick Ledgett, funcionário da Agência Nacional de Segurança (NSA, por sua sigla em inglês), ter dito em declarações divulgadas domingo à rede CBS que, "do ponto de vista pessoal", seria favorável a negociar com Snowden para recuperar os documentos. Carney ressaltou que Ledgett expressou sua "opinião pessoal" e lembrou que Snowden foi "acusado de vazar informações confidenciais e enfrenta acusações que constituem um crime" nos Estados Unidos. Snowden "deve voltar aos Estados Unidos o mais rapidamente possível" para responder por essas acusações e "seria beneficiado com plenas proteções" constitucionais, acrescentou Carney. O ex-consultor de inteligência desencadeou uma polêmica depois de revelar os programas de vigilância da NSA, do qual foram alvos em particular países aliados dos Estados Unidos e seus dirigentes. Ele se apropriou de 1,7 milhão de documentos. Cerca de 58.000 deles foram divulgados à imprensa, segundo o chefe de redação do jornal britânico The Guardian.