PIRACICABA

CCZ orienta famílias evitar ataques de escorpiões

Menina de 1 ano, em Piracicaba, e garoto de 5, em Americana, morreram após terem sido picados

14/11/2013 às 10:26.
Atualizado em 27/04/2022 às 17:22

O Centro de Controle de Zoonose (CCZ) esteve na vila com cinco casas, no bairro Paulista, em Piracicaba onde morreu a menina Ana Clara Moreira Neves, de um ano e 10 meses, picada por escorpião. Pelo menos os efeitos causados no organismo da criança, e de acordo com a mãe Carolina Neves, 19 anos, levam a crer que ela foi mesmo picada.A vizinhança recebeu orientações sobre as medidas que devem tomar para prevenir os acidentes com os escorpiões (leia mais nesta página). A morte da criança ocorreu na última quinta-feira (7) e, segundo a mãe, ela brincava na sala quando foi picada. “Como já havia entrado outro escorpião em casa, não tive dúvidas que ela foi picada, principalmente pela marca”, declarou.A mãe disse que prestou socorro imediato à filha. “Quando percebi que era escorpião corri com ela para a Amplha. Não foi por falta de socorro que ela morreu, porque fizeram tudo o que podiam”, declarou Carolina. Ela disse que não registrou boletim de ocorrência. “Só quero muita paz e muita calma na alma, porque registrar ocorrência não vai trazer minha filha de volta”, afirmou a mãe, que ainda não voltou para casa desde o ocorrido.Pelos efeitos que surgiram na criança, segundo a bióloga Regina Lex Engel, responsável pelo controle de escorpiões, ela deve ter sido picada mesmo. De acordo com Regina, nesta época do ano, quando o tempo começa a esquentar, há um aumento considerável de aparecimento e proliferação de escorpiões.Como o alimento principal deles são as baratas, eles procuram as redes de esgoto do perímetro urbano e saem dos ralos - com destaque para banheiros e cozinhas - podendo picar qualquer pessoa. “Na rede de esgoto há umidade, muitas baratas e não existem predadores para os escorpiões, por isso eles permanecem ali e proliferam”, detalhou a bióloga.Em AmericanaEmanuel de Oliveira da Silva, de 5 anos, morreu na madrugada desta terça-feira (12) depois de ter sido picado no braço por um escorpião amarelo enquanto dormia no quarto de sua casa, no bairro Balneário Salto Grande, na região da Praia Azul, em Americana.As vítimasRegina Engel disse que muitos acidentes ocorrem na cidade, mas nenhum grave ou com morte. “As vítimas que podem morrer mesmo são as crianças com menos de dois anos ou pessoas com problemas de saúde graves. Para qualquer pessoa que for picada nossa orientação é que seja levada imediatamente ao Pronto-socorro mais próximo”, explicou.Ralos merecem total atençãoA orientação de Regina Engel é para que as pessoas tapem os ralos de suas casas. No caso do banheiro, elas podem colocar um ralo que abre e fecha e só abri-lo na hora do banho. “Para pias de cozinhas, banheiros e lavabos podem ser colocadas peneirinhas”, destacou a bióloga.Colocar veneno nestes ralos, segundo ela, não adianta porque ainda não foi desenvolvido nenhum específico para escorpiões. “Se a pessoa colocar, como eles não morrem, irão sentir-se incomodados com o cheiro e invadirão a casa”. Os escorpiões se escondem em entulhos, pilhas de madeira, telhas, materiais de construção, jornais ou papeis, sótãos e porões, garagem e, eventualmente em armários, banheiros ou cozinhas. O certo é conservar quintal, despensas, garagens e porões sempre limpos, evitando acímulo de materiais nesses locais.Os telefones são: em Campinas -  (19) 3245-1219                                 em Piracicaba -  (19) 3427-2400.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por