Algumas das principais cidades do interior resistem a diminuir as tarifas de ônibus, apesar dos protestos nas ruas nos últimos dias. Em Ribeirão Preto, o aumento de 11,53% na passagem dado em janeiro continua em vigor - os protestos recentes reuniram mais de 25 mil pessoas na cidade.
O Ministério Público cobra da Transerp, empresa que gerencia o transporte, explicações sobre a planilha. Em janeiro, o passe comum subiu de R$ 2,60 para R$ 2 90. O promotor Sebastião Sérgio da Silveira reúne-se com representantes da empresa pública nesta segunda-feira (24) e, se não houver acordo, pode entrar com ação civil pública pedindo redução para R$ 2,75.
A prefeitura de Santos resiste à redução pedida nas ruas por mais de 20 mil manifestantes. O último reajuste, em janeiro, elevou de R$ 2,65 para R$ 2,90 a tarifa básica. O prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) informou que a empresa permissionária pediu novo reajuste, mas não será dado. Em Piracicaba, o prefeito Gabriel Ferrado (PSDB) ainda não anunciou redução na tarifa, aumentada de R$ 2,60 para R$ 3 em dezembro de 2012. O Movimento Pula Catraca quer redução de R$ 0,40 no valor. Na quinta-feira, 12 mil pessoas foram às ruas.
São José do Rio Preto também não vai alterar a tarifa, de R$ 2, considerada uma das menores do interior. Na terça-feira, quatro mil pessoas foram às ruas para protestar, mas não houve confronto. A prefeitura alega que vai gastar R$ 17 milhões este ano para subsidiar o transporte público.
Em Franca, o Ministério Público investiga o contrato da empresa de transporte com a prefeitura por falta de ônibus e superlotação. A passagem custa R$ 2,80, mas a empresa que opera o transporte já pediu reajuste para R$ 3,30. Dez mil pessoas protestaram e o prefeito Alexandre Ferreira (PSDB) alega que não dará novo aumento.
A prefeitura de Botucatu resistiu a três protestos e não baixou a tarifa de ônibus, aumentada em janeiro deste ano. O reajuste, de 12,7%, elevou a passagem em R$ 0,30 para R$ 2,65.