A Polícia britânica apura nesta quarta-feira (21) o caso do cisne que virou churrasco, crime que comoveu os defensores dos direitos desses pássaros que, segundo a lei, pertencem à Coroa Inglesa. Segundo a organização de defesa dos cisnes Swan Lifeline e a Polícia, a carcaça do animal foi encontrada às margens de um rio próximo ao castelo de Windsor, residência da rainha Elizabeth a oeste de Londres. "Isto foi cuidadosamente feito para aproveitar a carne. O bicho foi dividido em pedaços e, provavelmente, preparado numa churrasqueira", explicou Wendy Hermon, da Swan Lifeline. "Estou chocada. Como puderam fazer isso?", indignou-se. O pássaro "foi morto e queimado", informou a Polícia. Protegidos por lei no Reino Unido desde 1981, os cisnes são uma iguaria historicamente consumida em banquetes e jantares finos. Em razão de uma lei que remonta ao século XII, todos os cisnes brancos da Inglaterra - espécie mais comum na Europa - pertencem à Coroa, que tem direito de propriedade sobre "todos os cisnes brancos não marcados que estão em espaços públicos". Mesmo assim, a rainha só exerce de fato este direito sobre algumas áreas do rio Tâmisa e seus afluentes, segundo o site da monarquia. Todos os anos um recenseamento da população de cisnes no Tâmisa e nos condados de Midlessex, Surrey, Buckinghamshire, Berkshire e Oxfordshire é feito por funcionários da família real.