Com greve, lixo acumula nas ruas de Piracicaba

A greve dos coletores de lixo de Piracicaba completou nesta terça-feira (14) seu segundo dia. No início da manhã de ontem (14) , um encontro entre a direção da empresa responsável pelo serviço - a Ambiental - e os grevistas não foi suficiente para acabar com a paralisação. Com o impasse, o prefeito Gabriel Ferrato (PSDB) cobrou uma solução da empresa terceirizada.De acordo com nota divulgada pelo Centro de Comunicação Social da Prefeitura, Gabriel Ferrato exigiu uma solução à Ambiental para por fim ao movimento e, assim, deixar de prejudicar a população piracicabana. O chefe do Executivo reuniu-se ontem com representantes da Ambiental, acompanhado de técnicos da Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Sedema) e da Procuradoria-geral.De acordo com a nota, o prefeito “ouviu novamente explicações da empresa sobre o movimento”.A Ambiental, por sua vez, informou que aguarda deferimento de liminar - pelo Tribunal Regional do Trabalho de Campinas - para que a categoria cumpra o mínimo de trabalhadores na rua – 30%, conforme prevê lei de greve para serviços essenciais.  Novo encontroNa manhã desta quarta-feita (15), acontecerá uma nova rodada de negociações entre a Ambiental e os cerca de 300 coletores grevistas, entre motoristas, coletores de lixo domiciliar e equipes de coleta seletiva. Reivindicação: aumento salarial de 39,3%Os lixeiros cruzaram os braços na segunda-feira, solicitando aumento salarial de 39,3% - de R$ 862 para R$ 1.200 -, melhorias no plano médico, na cesta básica, revisão do PPR (Programa de Participação nos Resultados) e pagamento de 100% de horas extras, inclusive em dias comuns (não só em folgas e feriados), informa Renata Aguiar Souza, presidente do Siemaco (Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação e Trabalhadores na Limpeza Urbana e Áreas Verdes de Piracicaba e Região). “Hoje (terça-feira, 14) não houve acordo”, comenta a dirigente sindical. “Amanhã (nesta quarta, 15) terá um nova reunião. Os trabalhadores querem o aumento mas a empresa diz que só discute isso na data-base, que é em março”, conta.