REUNIÃO

Conferência de paz sobre a Síria começa em Montreux

Conferência sobre a Síria, é uma tentativa de colocar fim ao derramamento de sangue no País

France Press
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22/01/2014 às 08:01.
Atualizado em 27/04/2022 às 18:29

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, abriu nesta quarta-feira (22) a esperada conferência internacional de paz sobre a Síria, em uma tentativa de colocar fim ao derramamento de sangue no país. As partes na Síria "podem fazer um novo começo... Esta conferência é a sua oportunidade de... mostrar unidade", declarou Ban a representantes dos dois lados que se enfrentam na Síria e de cerca de 40 países, reunidos na cidade suíça de Montreux. Ban Ki-moon, pediu que as partes em conflito na Síria aproveitem a oportunidade para resolver seu conflito, ao abrir a conferência de paz sobre o país na Suíça. "Depois de quase três anos dolorosos de conflito e sofrimento na Síria, hoje é um dia de esperança", declarou Ban. "Vocês têm uma enorme oportunidade e responsabilidade de prestar um serviço ao povo da Síria", completou.John KerryO presidente sírio, Bashar al-Assad, não fará parte de qualquer novo governo de transição, declarou nesta quarta-feira o secretário de Estado americano, John Kerry, no início da conferência de paz sobre a Síria. "Precisamos lidar com a realidade aqui... consentimento mútuo, que é o que nos trouxe até aqui para um governo de transição, significa que o governo não pode ser formado por alguém que é contestado por um lado", declarou Kerry na declaração de abertura. "Isso significa que Bashar al-Assad não fará parte desse governo de transição. Não há nenhuma maneira, não é possível imaginar, que o homem que liderou esta resposta brutal contra seu próprio povo possa recuperar a legitimidade para governar", completou. Acusação O ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem, acusou os membros da oposição ao governo de Bashar al-Assad de serem "traidores" e agentes estrangeiros, no início da conferência de paz sobre a Síria, iniciada nesta quarta-feira na Suíça. "Eles dizem representar o povo sírio. Se vocês quiserem falar em nome do povo sírio, vocês não devem ser traidores do povo sírio, agentes a mando dos inimigos do povo sírio", declarou Muallem em seu discurso de abertura.Oposição O chefe da Coalizão de oposição síria, Ahmad Jarba, fez um apelo nesta quarta-feira ao presidente sírio Bashar al-Assad para que entregue seu poder a um governo de transição, durante a abertura da conferência de paz Genebra II, em Montreux. "Peço (para a delegação do regime) que assine imediatamente o documento de Genebra I (que prevê) a transferência das prerrogativas de Assad, incluindo as do Exército e da segurança, a um governo de transição", afirmou Jarba. Resposta O ministro das Relações Exteriores sírio, Walid Muallem, repreendeu nesta quarta-feira o secretário americano de Estado, John Kerry, depois que ele descartou a possibilidade de o presidente Bashar al-Assad ter algum papel em um novo governo. "Senhor Kerry, ninguém no mundo tem o direito de conceder ou retirar a legitimidade de um presidente, de uma Constituição ou de uma lei, exceto os próprios sírios", declarou Muallem na abertura da conferência de paz na cidade suíça de Montreux.Rússia As negociações para alcançar um acordo de paz não serão simples ou rápidas, mas a realização de uma conferência de paz representa uma oportunidade histórica, considerou nesta quarta-feira o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov."As negociações não serão simples, nem serão rápidas", declarou Lavrov no início da conferência Genebra II na localidade suíça de Montreux. "Há uma responsabilidade histórica sobre os ombros de todos os participantes", declarou aos representantes das partes beligerantes da Síria e de outros 40 países. "Nosso objetivo comum é conseguir colocar fim ao trágico conflito na Síria", declarou o chefe da diplomacia russa, que também denunciou a presença de "extremistas provenientes de todo o mundo, que semeiam o caos na Síria e reduzem a nada os cimentos culturais e democráticos do país, formados durante centenas de anos". "A conferência nos dá uma verdadeira oportunidade, embora não seja de 100%, de concluir a paz", considerou.

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