HOMOFOBIA

Dupla planejava matar gays no Interior

Adolescente confessou um homicídio e polícia diz que outro crime já estava sendo preparado

KellI Franco/Especial para AAN
faleconosco@rac.com.br
03/04/2014 às 21:28.
Atualizado em 27/04/2022 às 19:44

Claramente um crime de homofobia. É assim que o delegado Jader Biazon, titular da delegacia de Agudos (SP), define o assassinado do jovem Igor Alves, de 15 anos, desaparecido desde o final de semana e que foi encontrado morto na noite desta quarta-feira (2). O suposto coautor do crime confessou o homicídio e levou a polícia até o corpo, que estava em uma mata de eucaliptos. Um outro adolescente, de 17 anos, está foragido e seria o mentor intelectual e o principal autor dos golpes de faca que assassinaram Igor. Quando cometeu o crime, o adolescente estava há apenas dois dias fora da Fundação Casa, onde cumpria medida socioeducativa pelo menos crime: homicídio. A suspeita é que em ambos os casos o adolescente tenha cometido os crimes porque as vítimas eram homossexuais. Segundo o delegado Jader Biazon, o próprio coautor do crime, apreendido, disse claramente que essa seria a motivação do assassinato. "A principio, o caso foi registrado como sequestro, porém com o curso das investigações a polícia concluiu que se tratava de um falso testemunho. O jovem de 17 anos apontou que estava com Igor na madrugada de sábado, por volta das 5h30, quando um Fiat Palio abordou eles e obrigou eles a entrarem no carro. O jovem relatou ainda que conseguiu fugir", contou o delegado. Ainda segundo o delegado, o adolescente de 17 anos já estava assediando uma outra vítima e que a ideia seria matar antes que o corpo de Igor fosse encontrado. O modo de agir do jovem é sempre o mesmo: assediar a vítima, marcar encontro em lugar abandonado e depois matar. A polícia não descarta que o suspeito tenha algum tipo de psicopatia e deve pedir exames, caso ele seja encontrado.

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