OGX

Empresa de Eike deve até para fornecedor do cafezinho

OGX informou que as dívidas com a Petrobrás somam R$ 37 milhões e têm prazo de pagamento vencido

Agência Estado
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02/11/2013 às 10:43.
Atualizado em 27/04/2022 às 17:14

Na lista de credores da OGX que acumula dívidas de R$ 11,3 bilhões, constam até os fornecedores de cafezinho, que têm para receber cerca de R$ 10 mil. O calote atingiu também serviços de refrigeração, no valor de R$ 11 mil, empresas de aluguel de automóveis (R$ 6 mil), cooperativas de táxis (R$ 9 mil) e material de papelaria (R$ 4 mil). As contas de telefone celular e serviços de telecomunicações acumulam valores de R$ 85 mil não honrados por Eike Batista. No rastro de inadimplência da OGX, amargam prejuízos fundos de investimentos, bancos, órgãos públicos e até fornecedores de materiais e serviços - de refrigeração à papelaria. No relatório encaminhado à Justiça em que elenca todos os credores, a OGX informa ainda que as dívidas com a Petrobrás somam R$ 37 milhões e já têm prazo de pagamento vencido. Com a subsidiária Petrobrás Distribuidora, as dívidas passam de R$ 3 milhões e ainda não estão vencidas. Juntas, as empresas detêm 0 21% das dívidas da petrolífera do grupo X. Procurada, a Petrobrás não comentou os valores. Outros órgãos estatais também figuram na lista. A Caixa Econômica Federal é credora de cerca de R$ 121 mil, e o Ministério dos Transportes, R$ 100 mil. Também constam como credores o Ministério da Fazenda, o Tribunal de Justiça e a prefeitura do Rio. No total das dívidas da empresa de Eike, pouco mais de R$ 740 milhões são de títulos vencidos. Entre os principais credores, estão fundos de investimentos com mais de R$ 8 bilhões. O grupo francês Schlumberger, da área de petróleo, acumula mais de R$ 150 milhões em títulos. O relatório também expõe a dívida entre as empresas irmãs do grupo X. A OSX reclama o pagamento de R$ 1,6 bilhão por contratos de locação de equipamentos, como plataformas de exploração. A OGX, entretanto, reconhece dívidas de apenas R$ 770 milhões. A petroleira de também deixou de pagar serviços básicos da empresa, como o aluguel da sede do grupo EBX. A administradora do Edifício Serrador, no Centro do Rio, cobra uma dívida de mais de R$ 757 mil referentes ao aluguel do espaço. Em função das dívidas, as empresas do grupo começaram a deixar o prédio no início de outubro. Assembleia. Esvaziada, a assembleia extraordinária de acionistas da OGX, elegeu ontem três membros independentes para o Conselho de Administração. Apenas dois acionistas minoritários foram à assembleia, no auditório do Grupo EBX. A reunião de ontem teve poucos minutos e começou pontualmente ao meio-dia. O presidente da OGX, Paulo Narcélio Simões Amaral, não foi. Eike Batista também mandou um representante. Veja também OGX não tira atratitivade da América Latina, diz jornal Derrocada de empresas de Eike Batista não deve afastar investidores estrangeiros do mercado de títulos corporativos da AL OGX fracassa em acordo e pode pedir recuperação judicial Petroleira de Eike Batista conseguiu negociar dívida com detentores de US$ 3,6 bilhões em bônus O segredo de Eike Batista OGX tem até dezembro para enviar plano à ANP Em comunicado ao mercado, empresa informou ter apresentado um plano de desenvolvimento OGX atrapalha, mas bolsa lidera ranking do mês O mês foi marcado também por uma inversão da rentabilidade do dólar e do ouro, que registraram fortes perdas OSX não está pedindo recuperação judicial, diz porta-voz Eike está vendendo ativos em uma tentativa de salvar suas empresas diante da forte crise  

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