TOUR DE FORCE

Escritores pedem à ONU texto contra espionagem

Mais de 500 autores de mais de 80 países, incluindo o brasileiro João Ubaldo Ribeiro, se manifestam contra cyber-espionagem

France Press
correiopontocom@rac.com.br
10/12/2013 às 18:36.
Atualizado em 27/04/2022 às 17:55

Mais de 500 autores de mais de 80 países, incluindo o brasileiro João Ubaldo Ribeiro, pediram nesta terça-feira à ONU que apoie a adoção de um texto internacional contra a espionagem pela internet. "Com apenas alguns cliques em um computador, os Estados podem espionar nossos celulares e e-mails, ter acesso às nossas redes sociais e revisar buscas que realizamos na internet", lamentam estes autores em um pedido publicado nesta terça-feira. "O pilar da democracia é o respeito à integridade do indivíduo (...) Todos os seres humanos têm o direito a uma intimidade livre e sem aborrecimentos", acrescentam. "Pedimos à ONU que reconheça a importância central da proteção dos direitos civis na Era Digital e que crie uma Convenção Internacional dos Direitos Digitais", afirmam. "Pedimos que os governos aceitem e respeitem essa Convenção", concluem. Este grupo, que também inclui o sul-africano J.M. Coetzee, o alemão Gunter Grass, o turco Orhan Pamuk e o italiano Umberto Eco, inclui vários autores latino-americanos ou espanhóis. Além do brasileiro João Ubaldo Ribeiro, figuram na lista, entre outros, o chileno Ariel Dorfman, o cubano Leonardo Padura Fuentes, os argentinos Alberto Manguel e Elsa Osorio, os colombianos Oscar Collazos e Juan Gabriel Vázquez, os espanhóis Javier Marías, Antonio Muñoz Molina e Juan Goytisolo, as mexicanas Ángeles Mastretta e Alma Guillermoprieto e o salvadorenho Horacio Castellanos Moya. Oito gigantes americanos de novas tecnologias, entre eles Twitter, Facebook e Apple, haviam pedido na segunda-feira ao presidente Barack Obama uma "reforma das práticas de vigilância" nos Estados Unidos após as revelações do ex-consultor da NSA, Edward Snowden. Muitos artigos publicados por vários jornais desde junho, entre eles o Washington Post e o The Guardian, baseando-se nas revelações de Snowden revelaram a magnitude do sistema de vigilância, especialmente nos Estados Unidos e no Reino Unido.

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