RECUPERAÇÃO

Eurozona sai da recessão no segundo trimestre

O dado é melhor que o esperado pelos analistas, que projetavam uma alta de 0,2% do PIB

France Press
correiopontocom@rac.com.br
14/08/2013 às 07:45.
Atualizado em 27/04/2022 às 15:48

A Eurozona saiu oficialmente da recessão no segundo trimestre com uma alta de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) na comparação com os três meses anteriores, anunciou a agência europeia de estatísticas Eurostat em sua primeira estimativa. O dado é melhor que o esperado pelos analistas, que projetavam uma alta de 0,2% do PIB no período abril-junho, depois de seis trimestres consecutivos de contração, no maior período de recessão da zona do euro, formada por 17 dos 28 países da União Europeia (UE). O comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, comemorou o resultado, mas estimulou os Estados da união monetária a prosseguirem com as políticas de austeridade. "Uma recuperação duradoura está agora ao alcance da mão, mas apenas se perseverarmos em todos as frentes com nossa resposta à crise: manter o ritmo das reformas econômicas, retomar o controle de nossa dívida, pública e privada, e construir os pilares de uma verdadeira união econômica e monetária", escreveu em seu blog. A surpresa se explica principalmente pelos números do crescimento na Alemanha e França, as duas principais economias do bloco monetário, nos dois casos acima das expectativas. Na Alemanha, o crescimento foi de 0,7% (contra estimativas de uma alta de 0,5% a 0,6%), após um primeiro trimestre de crescimento nulo. O consumo e, sobretudo, os investimentos, contribuíram para a recuperação, que volta a colocar o país na posição de locomotiva da Eurozona. Mas a verdadeira surpresa veio da França, que registrou um crescimento de 0,5% no segundo trimestre, contra a estimativa de 0,2%. Este é o melhor resultado da economia francesa desde o primeiro trimestre de 2011. Outra boa notícia veio de Portugal, que saiu da recessão no segundo trimestre, com um crescimento do PIB de 1,1%, o primeiro resultado positivo em mais de dois anos. Apesar das boas notícias, ainda é muito cedo para cantar vitória, destacam os analistas. "A zona do euro saiu da recessão, mas a crise da dívida nos países mais frágeis não acabou", disse Jonathan Loynes, da Capital Economics. E apesar dos sinais de uma leve melhora na Itália (-0,2% de PIB) e na Espanha (-0,1% de PIB), os dois países continuaram em recessão durante a primavera. No Chipre, a economia registrou contração de 1,4% no segundo trimestre, após uma baixa de 1,7% no trimestre anterior. A Holanda também permaneceu em recessão no segundo trimestre, com uma queda de 0,2% do PIB. "Os dados levemente mais positivos que o previsto são bem-vindos, mas não podemos ficar esperando", destacou Rehn, que defende a aplicação de políticas de rigor fiscal para sair da crise. Ele também lembrou que a crise não acabou, pois existem obstáculos importantes, como o alto índice de desemprego em alguns países.

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