ECONOMIA

Fipe reduz previsão de inflação para setembro

A brusca revisão na estimativa foi motivada pela intensificação da queda do grupo Alimentação

Agência Estado
correiopontocom@rac.com.br
18/09/2013 às 14:22.
Atualizado em 27/04/2022 às 16:28

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Rafael Costa Lima, informou nesta quarta-feira (18) que reduziu, de 0,40% para 0,27%, a projeção de setembro para a inflação na capital paulista. Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, ele disse que a brusca revisão na estimativa foi motivada pela intensificação da queda do grupo Alimentação na divulgação desta quarta do IPC da segunda quadrissemana do mês. "Foi uma surpresa e, com isso, muda o cenário para a inflação do mês todo", comentou. De acordo com a Fipe, o IPC da segunda quadrissemana de setembro registrou taxa de 0,16% ante inflação de 0,21% da primeira leitura do mês. O resultado ficou abaixo do esperado por Costa Lima, que era de 0,23%, e bem próximo do piso das estimativas dos economistas do mercado financeiro, que, no levantamento do AE Projeções, aguardavam taxa de 0,15% a 0,26% para o período. Especificamente em relação ao grupo Alimentação, a Fipe previa uma queda de 0,14%, mas o grupo recuou 0,49%, bem mais do que o declínio de 0,16% da primeira medição do mês. "Como tivemos duas quedas nas duas primeiras leituras de setembro, não dá mais para ter a mesma expectativa que tínhamos antes para o mês", destacou o coordenador do IPC, lembrando que, em relação aos demais grupos, o script vem sendo observado em linha com o que era imaginado. Dentro da projeção anterior para a inflação geral da cidade de São Paulo no fechamento de setembro, Costa Lima trabalhava com uma previsão de alta de 0,76% para a Alimentação. Agora, espera variação positiva bastante modesta, de 0,01%, para o grupo no encerramento do mês. Para a terceira quadrissemana de setembro, a Fipe também revisou para baixo a projeção do IPC, de 0,31% para 0,20%. Em relação à Alimentação, a estimativa passou de uma elevação de 0,26% para um declínio de 0,39%. Na segunda quadrissemana do mês, o grande responsável pela surpresa com a Alimentação foi o subgrupo Produtos In Natura, cuja baixa passou de 1,88% para 4,65%. Destaque maior para o comportamento do tomate, antigo vilão da inflação, que recuou 11 27% contra uma baixa anterior de 3,63%.

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