O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão de crescimento para a economia global em 2013 e 2014, e alertou que o cenário poderá piorar se houver um prolongamento da situação de bloqueio orçamentário nos Estados Unidos. De acordo com o documento, a economia global deverá fechar o ano de 2013 com um crescimento de 2,9%, abaixo dos 3,2% que foram registrados no ano passado e dos 3,9% de 2011. Em 2014, o crescimento global alcançará 3,6%. Já as economias da América Latina e do Caribe crescerão 2,7% este ano, 0,3 ponto a menos que o previsto em julho passado, segundo o FMI, que reduz assim novamente sua previsão regional em seu relatório semestral. Segundo o texto, a revisão em baixa corresponde a um desempenho da região pior que o esperado na primeira metade do ano, diante de um ambiente externo menos atraente e com restrições na oferta interna dos países. Para o FMI, a economia brasileira crescerá 2,5% em 2013, o mesmo nível que havia previsto em julho, apesar de reduzir em 0,7 ponto sua projeção para 2014, a 2,5% de expansão. O FMI alertou para os riscos de uma degradação da economia dos Estados Unidos e reduziu sua previsão de crescimento para este país em 2013 e 2014. O FMI diminuiu em 0,1% a expansão do PIB americano em 2013, a 1,6%, e em 0,2% em 2014, a 2,6%. As estimativas refletem os cortes prolongados do gasto público nos Estados Unidos. A Eurozona, por sua vez, registrará uma recessão menos profunda que o previsto para 2013, mas depois a recuperação será frágil, em um bloco que lentamente sai da recessão. Em suas novas previsões, o FMI reduziu a queda para este ano do Produto Interno Bruto (PIB) da Eurozona a -0,4% (-0,5% anteriormente), apesar de manter o crescimento do PIB do bloco para 2014 a +1%. O FMI também rebaixou as previsões de crescimento da China para 7,6% em 2013 e 7,3% em 2014, confirmando a desaceleração da segunda economia mundial.