A presidência egípcia anunciou nesta quarta-feira (7) o fracasso da mediação internacional para resolver a crise política e o atribuiu ao movimento Irmandade Muçulmana, que exige nas ruas o retorno ao poder do presidente destituído Mohamed Mursi. O comunicado da presidência sugere que o governo poderia adotar iniciativas contra as manifestações de partidários de Mursi. A comunidade internacional teme ainda mais violência no país. "A etapa dos esforços diplomáticos terminou hoje", afirma a presidência, em referência à mediação do subsecretário de Estado americano William Burns e do emissário da União Europeia (UE) Bernardino León, entre outros diplomatas que viajaram ao Cairo. "Os esforços não alcançaram os resultados esperados", completa o comunicado. A Irmandade Muçulmana "é responsável pelo fracasso" dos esforços de mediação, afirma o comunicado da presidência. O movimento islâmico mantém há mais de um mês dois acampamentos no Cairo que as forças de segurança ameaçam dispersar à força.