A General Motors de São José dos Campos vai abrir no próximo dia 10 de julho um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para cortar a mão de obra considerada excedente na planta. O objetivo da montadora com a medida é reduzir o impacto do encerramento das atividades no Montagem de Veículos Automotores (MVA) programado para dezembro. O setor emprega cerca de 750 funcionários atualmente.
Esse é o quarto PDV aberto pela montadora em menos de dois anos. De acordo com a GM, o programa ficará aberto por nove dias, até o próximo dia 19 de julho, e terá três frentes – duas delas específicas para aposentados e pré-aposentados e uma que contempla os demais trabalhadores da unidade.
A GM mantém sob sigilo a meta de demissões por meio do PDV e os benefícios oferecidos aos trabalhadores. O Sindicato dos Metalúrgicos foi procurado, mas não soube informar as regras do programa, que foi divulgado aos trabalhadores na noite desta quinta-feira (4).
O PDV contempla todos os empregados horistas do complexo de São José. Além das verbas rescisórias, a GM propôs o pagamento de um a cinco salários adicionais, de acordo com o tempo de trabalho na montadora. Todos que aderirem ao PDV terão direito a 4 meses de convênio médico.
Para os trabalhadores aposentados, a GM propõe a aplicação da mesma tabela de salários adicionais por tempo de trabalho, acrescido de dois salários. O grupo terá direito a 12 meses de plano médico após o desligamento. No caso dos trabalhadores em fase de pré-aposentadoria, a montadora oferece a tabela aplicada aos aposentados com o adicional proporcional de um salário a cada mês faltante para a aposentadoria — limitado a oito salários. Eles também terão 12 meses de convênio.
A necessidade de um PDV havia sido anunciada no começo deste ano pelo diretor de relações institucionais da empresa, Luiz Moan. De acordo com informações do sindicato, a unidade que tem cerca de 6 mil trabalhadores, conta com 130 funcionários aposentados e 900 em fase de pré-aposentadoria.