SÃO JOSÉ

GM tira ativistas da Prefeitura com gás de pimenta

Cerca de 20 manifestantes bloqueavam o acesso ao prédio na manhã desta sexta-feira (12)

Jussi Ramos
12/07/2013 às 18:44.
Atualizado em 27/04/2022 às 15:21

A Guarda Municipal de São José dos Campos usou gás de pimenta para dispersar cerca de 20 manifestantes que bloqueavam o portão da prefeitura na manhã desta sexta-feira (12).

Após serem 'expulsos' na quinta-feira (11), o grupo que estava acampado em frente à prefeitura retornou logo cedo nesta sexta e alguns se amarraram ao portão, impedindo a abertura para a entrada dos funcionários.

Assim, houve um início de confronto com a Guarda Municipal. Os funcionários entraram para trabalhar por um portão lateral. Nesse momento, alguns manifestantes permanecem em frente ao Paço.

O prefeito de São José dos Campos, Carlinhos Almeida (PT), mandou, nesta quinta, que a Guarda Municipal acabasse com o acampamento que estava montado em frente ao Paço Municipal pelo Movimento Passe Livre havia oito dias.

Segundo o governo, a decisão foi tomada após a constatação de que um adolescente consumiu drogas no local, tendo sido encaminhado para a Diju (Delegacia da Infância e Juventude).

Agentes da Fiscalização da Secretaria de Defesa do Cidadão entregaram aos líderes do movimento uma notificação administrativa dando 30 minutos para os manifestantes desmontarem as barracas e retirarem faixas e cartazes pregados nos portões do Paço. Os jovens acampados fizeram uma assembleia e resolveram não levantar o acampamento.

Como não obedeceram à ordem de desocupação, um grupo de 60 homens da Guarda Municipal que já estavam de prontidão no térreo partiram para cima dos jovens, armados com revólveres, escudos, gás de efeito moral e escopetas.

Os manifestantes não resistiram à ação da Guarda e sentaram no chão pedindo calma. Depois de um diálogo tenso, os acampados retiraram as barracas que estavam montadas na calçada da prefeitura e levaram para o outro lado da rua.

Novamente, a Guarda e a Fiscalização agiram para desobstruir o passeio público. Eles pegaram um sofá do local, madeiras, cartazes e outros objetos do acampamento e jogaram em cima de um caminhão que estava a serviço da prefeitura.

O secretário de Defesa do Cidadão, José Luís Nunes, disse que “a ação foi tranquila, feita a partir do código de posturas, que cumpriu legislação municipal, que diz que o passeio público não pode ser obstruído por barracas”. Ele disse também que “recebeu reclamações de munícipes que não conseguiam ir ao Paço e que reclamaram de insegurança”.

O advogado do MPL, César Trunkl, disse que “eles não enfrentaram a força da Guarda e que vão recorrer à Justiça pelo direito de manifestação”.

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