O governo federal decidiu que comprará algumas áreas onde existem conflitos entre indígenas e proprietários rurais em Mato Grosso do Sul. Como a lei só prevê a desapropriação no caso das demarcações de terras indígenas, o governo, em caráter emergencial, repassará recursos para o governo de Mato Grosso do Sul comprar as áreas de litígio. A decisão foi anunciada em reunião realizada nesta quarta-feira entre o ministro da Justiça José Eduardo Martins Cardozo, e outras autoridades e líderes rurais e indígenas do Estado. Do lado da administração federal, também participaram do encontro o chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho, e o da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams. O governo do Estado enviou para o encontro os secretários de Produção e Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, e de Justiça e Segurança, Wantuir Jacini. Os produtores rurais estavam representados pelos presidentes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Eduardo Riedel, e da Comissão de Assuntos Fundiários da entidade, Christiano Bortolotto. Na reunião, ficou acertado que Cardozo e Carvalho irão a Campo Grande na sexta-feira, 09, participar de uma nova reunião para definir as áreas que serão compradas e quanto será gasto nas operações. Em princípio, a medida deve contemplar a área ocupada em Sidrolândia por indígenas da etnia terena e algumas das tomadas pelos guaranis.