Surpreendidos pela violência dos black blocs e com pouco controle sobre as passeatas que tomaram as ruas desde junho, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e os secretários de Segurança Pública dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, Fernando Grella Vieira e José Mariano Beltrame, estabeleceram nesta quinta-feira (31) um plano de ação que envolverá um grupo de combate ao vandalismo que começará com a montagem de um grupo de inteligência conjunto. Segundo Cardozo, o governo federal e as polícias estaduais montarão, ainda, um grupo de inteligência para evitar e punir abusos em protestos. Nessa tarefa, a ideia e criar um protocolo unificado de atuação das polícias, como estratégias comuns de instalação de barricadas antiprotestos e vigilância de passeatas. Em ofensiva legislativa, será criado uma comissão composto por juristas para discussão de mudanças na legislação e criação de grupos operacionais nos estados entre Ministério Público e delegados para discutir as manifestações.Segundo o ministro, as medidas incluem o aprofundamento da troca de informações entre as polícias, a discussão sobre a “readequação” da atual legislação para situações não previstas em lei (com o aumento da punição para vandalismo e violência em protestos) e padronização dos protocolos de atuação das Polícias Militares de todo o País em manifestações, com a posterior divulgação dos protocolos à sociedade. “Não se trata de recrudescer contra manifestantes. A manifestação é livre, isso é garantido na Constituição”, destacou Cardozo. No trabalho de inteligência, o ministro explicou que a ideia é aproveitar a integração que já existe entre as polícias e focar no monitoramento das manifestações. “Não é acompanhamento de movimentos sociais, se trata de poder planejar ações em relação a pessoas”, reforçou. Veja também Polícia apura se PCC participou de protesto Segundo o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, 'nenhuma hipótese está descartada' Comerciantes fecham as portas com medo de ataques Fernão Dias foi fechada e lojas atacadas durante protesto pela morte de um jovem baleado por PM PM de São Paulo usa a internet para isolar black blocs A corporação agora publica avisos nas páginas das redes sociais, em que se organizam os atos Protesto em São Paulo termina com 22 detidos De acordo com a PM, 400 manifestantes do Movimento Passe Livre participaram do protesto Leilão de Libra acontece em meio a confrontos no Rio Proposta única arrematou o 1º leilão de pré-sal; oferta foi do mínimo de 41 65% de óleo-lucro