A Grécia vive nesta quarta-feira (6) uma greve geral de 24 horas para protestar contra as medidas de austeridade impostas pelos credores internacionais que atualmente examinam as contas do país. Esta quarta greve geral no ano, convocada pelos sindicatos do setor privado (GSEE) e público (Adedy), afeta principalmente o transporte marítimo de passageiros entre o continente e as ilhas. Também estão previstas paralisações de três horas no início e no fim do dia no serviço de ônibus e ônibus elétricos da capital, enquanto a atração turística mais visitada, a Acrópole, situada no velho centro da capital, fechará duas horas antes. Nas primeiras horas da manhã eram registrados enormes engarrafamentos em Atenas, devido ao funcionamento parcial dos transportes públicos. O centro da cidade será fechado ao tráfego no fim da manhã pelas manifestações provocadas pelo GSEE, Adedy e pelo sindicato Pame, próximo ao partido comunista. Por sua vez, o metrô de Atenas funciona normalmente para facilitar o deslocamento dos manifestantes. Também estão previstas perturbações no tráfego aéreo interno devido às paralisações de quatro horas anunciadas pelos controladores de tráfego aéreo, anunciaram as companhias gregas Aegean e Olympic Air. Os hospitais também fornecem serviços mínimos, enquanto muitos funcionários de ministérios e serviços públicos se juntaram à greve, segundo a imprensa local, para protestar pelo ambicioso plano de transferências e demissões no setor público, que começou neste verão (do hemisfério norte). "Todos juntos, ninguém pode conseguir sozinho!", era o slogan dos afiliados do GSEE antes do início da manifestação. Neste clima tenso, os representantes da troica de credores - União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) chegaram no início da semana em Atenas para prosseguir com a auditoria iniciada em setembro das contas e das reformas em marcha do governo de coalizão. O governo grego espera desta visita o desbloqueio de uma nova parcela de 1 bilhão de euros de ajuda.