A greve dos bancários em Piracicaba, que completa uma semana nesta quinta-feira (26), tem causado desconforto em alguns clientes. Muitos reclamam que o movimento tem alterado a rotina. Na manhã de quarta (25), houve uma grande confusão em frente à agência central do Banco do Itaú. Representantes do Sindiban (Sindicato dos Bancários) foram chamados para apurar uma suposta denúncia de assédio moral. O motorista Danilo Carvalho, de 37 anos, acompanhado da esposa Rosalina, tinham vindo de Rio das Pedras para receber o pagamento do benefício do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) e desconheciam o movimento. “Perdemos a viagem”, lamentou. Logo em seguida, ele foi orientado a procurar as agências dos bairros que não tinham aderido à greve. Na manhã de quarta (25), 28 agências de Piracicaba e 59 da regional estavam fechadas. Numa blitz em algumas agências de bairros, como no Piracicamirim e na avenida Carlos Botelho, o movimento ontem à tarde estava normal. O auxiliar de escritório Humberto Galhardo, de 50 anos, mostrou-se indignado e revoltado com a paralisação. “Ninguém luta pelos meus problemas porque que tenho de me preocupar com o problema dos outros?”, questionou. Ele queixava-se pelo fato de sua mãe de 80 anos não poder desbloquear um cartão do banco numa agência da Vila Rezende pelo local estar em greve. “Agora terei que procurar algum lugar que não esteja em greve. Acho um grande absurdo”.O vice-presidente regional do Sindiban, Marcelo Abrahão citou ontem que a adesão em Piracicaba está crescendo. Ele não soube precisar o número de bancários que aderiu ao movimento, mas criticou a atitude de funcionários da chefia do Itaú (agência central). Segundo ele, alguns funcionários que trabalham na unidade teriam sofrido assédio moral, que os obrigou a voltar ao trabalho.
