Um laboratório, que fica em um porão do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, ficou completamente destruído após um incêndio, na tarde desta terça-feira (30). Quatro veículos do Corpo de Bombeiros e um da Brigada de Incêndio da própria universidade foram utilizadas no combate às chamas. “Havia um risco grande de explosão naquele local porque os pesquisadores manipulavam materiais inflamáveis. A causa do incêndio pode ter sido exatamente o aquecimento destes materiais”, informou Rodrigo Thadeu de Araújo, Capitão do Corpo de Bombeiros, que não descartou também a possibilidade de o fogo ter sido iniciado pelo vazamento de gás por uma mangueira danificada de um botijão. Enquanto os bombeiros trabalhavam, o prédio precisou ser evacuado. Pelo menos oito pessoas estavam no laboratório quando o espaço começou a pegar fogo, mas ninguém sofreu ferimentos graves. Apenas duas pesquisadoras chegaram a ser atendidas pela equipe do Resgate por terem inalado a fumaça tóxica. Ambas foram levadas a hospitais particulares e não correm risco de morte. Os bombeiros utilizaram água e exaustores para resfriar o espaço e impedir que as chamas voltassem a consumir o ambiente. O trabalho foi necessário devido ao grande número de frascos no laboratório contendo ácidos, bases, solventes e agentes oxidantes. Durante o trabalho de rescaldo dos bombeiros, uma equipe de químicos da USP também compareceu no laboratório para catalogar os materiais danificados e os que ainda puderam ser salvos. Uma sindicância interna da universidade será aberta para apurar as causas do incêndio no laboratório. O prédio não sofreu abalos na estrutura e não precisou ser interditado.