O partido islamita Ennahda, que dirige o governo tunisiano, denunciou nesta quinta-feira o golpe militar que derrubou na véspera o presidente egípcio Mohamed Mursi e defendeu a legitimidade que emana das urnas.
O Ennahda considerou em um comunicado que o exército passou por cima da "legitimidade do primeiro presidente eleito (democraticamente) no Egito".
Segundo o partido islamita tunisiano, este "golpe de Estado (...) alimentará o extremismo e a violência".
Já o presidente tunisiano, Moncef Marzouki, excluiu nesta quinta-feira que as autoridades tunisianas corram o risco de ser derrubadas, como ocorreu no Egito, mas convocou-as a ficar a tentas e a levar em conta as demandas sociais e econômicas.
Interrogado sobre um possível golpe de Estado em seu país, o presidente respondeu: "Não acredito, porque aqui o exército é republicano". No entanto, os líderes tunisianos têm que "entender o sinal, estar atentos, compreender que há importantes demandas no plano social, econômico", considerou.