CRISE

Israel considera que deve apoiar o exército egípcio

Ordem aos membros do governo e aos porta-vozes oficiais é que não façam declarações públicas

France Press
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19/08/2013 às 08:05.
Atualizado em 27/04/2022 às 16:00

Israel considera que deve apoiar o exército egípcio em seu confronto com a Irmandade Muçulmana, afirmou uma autoridade do governo citada pelo jornal Jerusalem Post. "Devemos apoiar o exército egípcio para permitir que coloque o país em marcha", afirmou a fonte, que não foi identificada. A imprensa israelense destaca que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ordenou aos membros de seu governo e aos porta-vozes oficiais que não façam declarações públicas sobre os acontecimentos no Egito e não pronunciem críticas sobre a política americana para o país. Segundo a fonte citada pelo Jerusalem Post, "não se deve retirar nada (dos militares), nem prejudicá-los ou ameaçá-los" , em referência ao cancelamento do governo dos Estados Unidos de manobras militares conjuntas com o Egito como forma de protesto contra a repressão do exército egípcio. Também existe a possibilidade de um eventual congelamento da ajuda americana anual de 1,5 bilhão de dólares ao Egito, sendo 1,3 bilhão apenas para o exército. O Jerusalem Post completa que as autoridades israelenses destacam em suas mensagens a Washington e aos principais países europeus que é preciso atuar para que o Egito não afunde. "A prioridade atualmente não é a democracia e sim a necessidade de que o Estado funcione. Uma vez que o Egito entre nos trilhos, poderemos falar de uma reativação do processo democrático", afirmou a fonte. "Se descartarmos este fator (o exército), o Egito tomará o caminho da Síria, Tunísia e Líbia. Se isto agrada ou não, ninguém pode incomodar o Egito agora", disse.

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