EGITO

Julgamento de Mursi é adiado para 1 de fevereiro

Mursi já havia comparecido no dia 4 de novembro ante um tribunal situado na academia de polícia do Cairo

France Press
correiopontocom@rac.com.br
09/01/2014 às 08:08.
Atualizado em 27/04/2022 às 18:22

Um tribunal egípcio adiou nesta quarta-feira (8) para 1º de fevereiro o julgamento de Mohamed Mursi por incitação ao assassinato de manifestantes, alegando que "as condições meteorológicas" impediram a transferência até o tribunal do presidente islamita, deposto em julho pelo exército. O primeiro chefe de Estado eleito democraticamente no Egito já havia comparecido no dia 4 de novembro ante um tribunal situado na academia de polícia do Cairo, onde denunciou um julgamento político, reiterou que era o presidente do país e recusou a legitimidade dos juízes. "Devido às condições meteorológicas, Mohamed Mursi não pôde ser transferido. Desta forma, o julgamento foi adiado para o dia 1º de fevereiro", declarou o juiz Ahmed Sabry Yusef, que presidiria a audiência desta quarta-feira. Mohamed Mursi seria levado de helicóptero da prisão de Alexandria, no norte do país, onde está detido desde 3 de julho passado, data em que foi destituído pelo exército. A polícia considerou que não havia visibilidade suficiente para o voo de helicóptero, mas alguns habitantes relataram à AFP que o céu estava limpo e que não chovia na cidade, assim como no Cairo. Mursi pode ser condenado à morte, assim como outros 14 acusados, ex-líderes do governo e membros da Irmandade Muçulmana, confraria à qual pertence o presidente islamita. Depois do golpe de Estado que derrubou Mursi, a organização da Irmandade Muçulmana foi declarada terrorista. Desde 14 de agosto, quando policiais e militares mataram mais de 700 manifestantes que exigiam o retorno de Mursi à presidência, as manifestações de seus partidários têm sido reprimidas com violência. Mais de mil manifestantes islamitas morreram vítimas da repressão desde o golpe de Estado. Também foram registradas dezenas de mortes entre as forças de segurança, segundo o governo. Veja também Julgamento de Mohamed Mursi é reaberto no Egito Mursi pode ser condenado, assim como os 14 acusados de incitação ao assassinato, à pena de morte Presidente egípcio será julgado no próximo dia 28 Ele vai responder por fuga da prisão e morte de oficiais durante a revolta que derrubou em 2011 Hosni Mubarak Polícia egípcia prende 148 manifestantes pró-Mursi No Cairo e em Ismailiya foram registrados violentos confrontos na dispersão de manifestações islamitas Ex-presidente Mursi denunciará 'autores' do golpe Mursi denunciará ante a justiça as pessoas que considera autores do golpe de Estado de que diz ser vítima

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