ITALIANA

Justiça nega liberdade pedida por Pizzolato

Na Itália, deverá responder a processo por falsidade ideológica por uso de documentos falsos

Agência Estado
correiopontocom@rac.com.br
07/02/2014 às 14:44.
Atualizado em 27/04/2022 às 18:55

A Justiça italiana negou, nesta sexta-feira (7) o pedido do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato para acompanhar em liberdade seu processo de extradição. Numa audiência de duas horas no Tribunal de Bolonha, os juízes italianos consideraram que existe "risco de fuga" por parte do brasileiro e optaram por mantê-lo na prisão de Módena. Foragido desde novembro, o condenado por envolvimento no mensalão foi preso nessa quarta (4) na Itália. Ele fugiu para o país para evitar a condenação no Brasil. Pizzolato falou por cerca de 30 minutos, em italiano, respondendo às perguntas dos juízes e explicou que havia sido condenado em um processo político no Brasil. As autoridades consideraram que, em razão da fuga do Brasil e dos documentos falsos encontrados no momento da prisão, não haveria possibilidade de permitir nem a liberdade condicional nem a prisão domiciliar. O advogado de Pizzolato, Lorenzo Bergami, acredita que ainda poderá apresentar nos próximos dias novo pedido de revisão da decisão de manter seu cliente na prisão. Após a audiência, Pizzolato retornou à penitenciária de Módena, onde dividirá cela com outros presos, não terá direito a telefone celular e terá autorização para receber visitas em seis a oito ocasiões por mês. Diante dos juízes, Pizzolato, que usou algemas durante o trajeto para a corte, vestia apenas uma calça jeans e uma camisa. Nessa quinta, 6, pela primeira vez, a polícia italiana deixou claro que existem "possibilidades legais concretas" de que Pizzolato seja extraditado para o Brasil, mesmo diante do fato de ele ter nacionalidade italiana. Uma decisão final, porém, será política. O Brasil tem 40 dias para apresentar o pedido de extradição. A defesa de Pizzolato acredita que a decisão sobre a extradição saia apenas no fim do semestre. Na Itália, o ex-diretor deverá responder ainda a processo por falsidade ideológica em razão do uso de documentos falsos. A pena pode chegar a três anos de prisão. No processo do mensalão, Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Contra ele havia a acusação de que teria participado do desvio de R$ 73 milhões do Fundo Visanet para alimentar o esquema. Veja também Começa prazo para Brasil pedir extradição de Pizzolato Para juízes italianos, há risco de fuga por parte do brasileiro e por isso optaram mantê-lo preso Brasil tem até março para pedir extradição de Pizzolato Fatores podem complicar a extradição, como a dupla cidadania dele e o caso Cesare Battisti Polícia admite possibilidade de extradição de Pizzolato É a primeira vez que autoridades italianas do país sinalizam essa possibilidade Ao ser preso, Pizzolato afirma que se chama Celso Ao ser abordado pela polícia ele apresentou passaporte do irmão morto em acidente em 1978 PF investiga ajuda de mulher de Pizzolato em fuga Ele fugiu do País em setembro passado usando a identidade de um irmão que já morreu Erro de Pizzolato durante fuga levou PF até ele Ele usou passaporte do irmão morto para escapar através da Argentina, mas registrou digital Governo vai pedir extradição de Pizzolato Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão

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