MENSALÃO

Justiça nega pedido do mensaleiro Henry para estudar

Ele foi condenado a 7 anos e 2 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Da Agência Estado
correiopontocom@rac.com.br
23/01/2014 às 10:02.
Atualizado em 27/04/2022 às 18:41

Após parecer contrário do Ministério Público de Mato Grosso, o juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da Vara de Execuções Penais de Mato Grosso, negou nesta quarta-feira, 22, os pedidos do ex-deputado Pedro Henry (PP-MT) para ter um segundo emprego, fazer um curso de fisioterapia à noite e concluir sua pós-graduação em medicina hiperbárica. Condenado a 7 anos e 2 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no julgamento do mensalão, Henry cumpre a pena em regime semiaberto e já trabalha como coordenador administrativo do hospital particular Santa Rosa, em Cuiabá (MT). O ex-deputado recebe salário de R$ 7,5 mil no hospital. De acordo com o juiz, há “total incompatibilidade da pretensão do reeducando com os objetivos da reprimenda, pois o cumprimento da pena seria reduzido aquém do mínimo, o que estimularia, inclusive, a impunidade.” Fidelis Neto lembra ainda que Henry começou a cumprir a pena no regime semiaberto em 13 de dezembro, e que seria necessário o cumprimento de ao menos um sexto da pena para ter direito a sair para estudar. Em 13 de dezembro do ano passado, Pedro Henry renunciou ao cargo de deputado federal após ter o mandado de prisão expedido pelo Supremo. ‘Estranheza’ “Soma-se à tal circunstância a estranheza que causou a qualquer pessoa, de senso comum, o fato de o penitente, conhecido pela profissão de médico e cursando pós-graduação em medicina hiperbárica, colocar-se a disposição para cursar graduação similar àquela já concluída. É bom frisar que não se está a diminuir a importância e o valor do curso de fisioterapia, porém é clara a intenção do recuperando em apenas se manter afastado do estabelecimento penitenciário”, afirma o juiz magistrado, na decisão. Nos pedidos encaminhados dia 13 pela defesa do ex-parlamentar, Henry solicitou também autorização para trabalhar como médico legista das 7 horas de domingo às 7 horas de segunda-feira. Henry é funcionário público do Estado de Mato Grosso e, mesmo condenado no mensalão, não perdeu o cargo. Cabe à Procuradoria-Geral da República solicitar a perda do cargo ao Supremo. A decisão da Justiça segue o parecer do Ministério Público de Mato Grosso emitido na terça-feira passada, no qual o promotor de Justiça Joelson de Campos Maciel considerou os pedidos uma tentativa de burlar a pena. “O trabalho duplo, nesse caso, ao invés de tornar-se instrumento de ressocialização, transmuda-se como meio de burlar a própria execução da pena e ultrapassa, e muito, o limite legal”, disse o promotor. Veja também Site de Genoino diz que alcançou meta de arrecadação Petista foi condenado pela Justiça a pagar multa de R$ 667,5 mil no processo do mensalão Delúbio deixa prisão para 1º dia de trabalho na CUT Condenado a seis anos no mensalão, vai trabalhar de dia e dormir na prisão, em Brasília Governo do DF apura se José Dirceu usou celular na prisão Jornal revelou que o ex-chefe da Casa Civil conversou com um amigo pelo celular na Papuda João Paulo Cunha deve se entregar à PF Deputado petista, condenado a 9 anos e quatro meses de prisão, dcorrupção e peculato, que somam seis anos e quatro meses  

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