Maduro celebra seis meses de governo na Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, celebrou neste sábado (19) os seis meses de seu governo, e prometeu que continuará "batalhando contra as sabotagens e a guerra econômica" contra o país, que, segundo ele, a oposição promove. "Vamos continuar na batalha, unindo forças, defendendo e protegendo os humildes (...) Vamos continuar batalhando contra a sabotagem econômica, sabotagem elétrica", disse Maduro durante um ato em Zulia (noroeste). Maduro, eleito em 14 de abril, após a morte de Hugo Chávez, em 5 de março, celebrou os seis meses de governo entregando a uma mulher e seus três filhos a casa de número 50 mil que o governo construiu em Zulia como parte da milionária 'Gran Misión Vivienda', que Chávez criou em 2010 para eliminar o déficit de 2,7 milhões de casas no país. "Esta casa de número 50 mil que entregamos hoje em Zulia é uma grande vitória, e a melhor forma de lembrar o comandante Chávez e comemorar os primeiros seis meses de um governo que seguirá seu caminho vitorioso rumo a 2019", disse o presidente. Maduro completa seis meses no poder em meio a uma crise econômica, com uma inflação anual de 50% em setembro - um recorde na América Latina - um crescimento do PIB de 1,6% no primeiro semestre e uma escassez cíclica de produtos. "Esta oligarquia econômica e política não me deu um só dia de trégua, tampouco peço, tampouco dou. Mas reflitamos, esta oligarquia está apostando no fracasso de Nicolás Maduro, no fracasso do país", afirmou. Neste período, o governante também travou um confronto duro com a oposição, que critica a sua gestão, principalmente pela situação econômica e por sua cruzada contra a corrupção, em que vários líderes opositores foram investigados e é considerada por este setor uma caça às bruxas. "Se quisermos mudar esta situação teremos que sair para votar em 8 de dezembro (data das eleições municipais), para dizer a esse grupinho de protegidos que estão fazendo as coisas mal", afirmou hoje o líder da oposição, Henrique Capriles, governador de Miranda, que considera as eleições municipais um plebiscito sobre a gestão de Maduro.