O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, viaja na noite desta segunda-feira (6)a Brasil, Uruguai e Argentina para reforçar a cooperação com os três países associados à Venezuela no Mercosul, em meio à crise gerada por sua vitória nas eleições 14 de abril por pequena margem de votos.
"Vamos saindo para uma reunião amanhã com o presidente (uruguaio, José) Mujica, na quarta-feira com a presidenta (argentina) Cristina (Kirchner), e na manhã de quinta com a presidenta Dilma (Rousseff)", disse Maduro durante um encontro com moradores de um bairro do leste de Caracas.
No domingo, Maduro revelou que este "giro pelo Mercosul é para ratificar o caminho da integração profunda com Uruguai, Argentina e Brasil, para seguir completando a equação perfeita de integração energética, econômica e financeira".
Esta será a primeira viagem internacional de Maduro, que tomou posse no dia 19 de abril como presidente constitucional da Venezuela após eleições extraordinárias devido à morte de Hugo Chávez.
Maduro venceu o líder opositor, Henrique Capriles, por uma diferença de cerca de 240 mil votos, em uma votação marcada por denúncias de fraude.
A oposição impugnou na quinta-feira passada os resultados da eleição junto ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), alegando "subornos, violência e fraudes" em todo o processo.
A entrada da Venezuela no Mercosul como membro pleno do bloco ocorreu em 29 de junho passado, na cidade argentina de Mendoza, por decisão dos governos de Brasil, Argentina e Uruguai, após a suspensão do Paraguai, no mesmo dia, devido ao 'impeachment' relâmpago do então presidente, Fernando Lugo.