Mais de 600 bombeiros continuavam mobilizados nesta segunda-feira (2) à noite para combater as chamas em Portugal, no maior incêndio já registrado no norte do país, de acordo com os serviços de emergência. "Contamos esta noite 14 grandes focos de incêndio ativos no norte e, em particular, nos distritos de Porto, Viseu, Castelo Branco e Braga", declarou à AFP o porta-voz da Defesa Civil, Carlos Guerra. "Enviamos nossos meios aéreos ao longo do dia, incluindo os (aviões) Canadair emprestados pela França e pela Croácia", informou. Na véspera, um incêndio perto de Gondomar, no Porto (norte), provocou sérias preocupações de que "colocaria várias casas em perigo", acrescentou Guerra. "Hoje, felizmente, a situação ficou um pouco mais tranquila", comentou. Trata-se, porém, de uma trégua relativa, em particular para os habitantes de Paços de Ferreira (norte), que estavam com suas casas ameaçadas pelas chamas nesta segunda à tarde, mobilizando grande parte das equipes. A polícia anunciou a detenção de uma mulher de 40 anos, que teria provocado um incêndio na última sexta, no distrito de Portalegre (centro). Um menor, de 12 anos, também foi detido sob suspeita de iniciar um incêndio no domingo, em Espinho (norte). A situação havia melhorado no final da semana passada, depois que os bombeiros conseguiram controlar o grande incêndio florestal na Serra do Caramulo (centro). Nesse local, a corporação perdeu três dos cinco bombeiros que já morreram tentando apagar as chamas neste mês. Os bombeiros continuam em alerta, diante das previsões meteorológicas desfavoráveis que devem se manter até a próxima quarta-feira, com temperaturas elevadas e ventos fortes.