As manifestações que ocorrem na noite desta sexta-feira (21) em São Paulo bloqueiam o tráfego em, ao menos, oito rodovias nas proximidades da capital paulista. Estão com o trânsito interrompido, devido aos protestos, a Rodovia Raposo Tavares, na altura de Cotia (SP), nos dois sentidos. A Rodovia dos Imigrantes, que liga a capital ao litoral, também está com os dois sentidos interrompidos devido a manifestações.
De acordo com a Polícia Militar (PM), também estão com o trânsito interrompido a Rodovia Anhanguera (nos dois sentidos), em Caieiras (SP), a Rodovia Castelo Branco (no sentido interior), a Rodovia Hélio Smidt, que funciona como acesso ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. Segundo a reportagem da TV Brasil, as portas de acesso aos terminais do aeroporto estão fechadas e os passageiros não podem entrar ou sair.
Os dois sentidos da Rodovia Presidente Dutra, que liga a capital paulista ao Rio de Janeiro, na altura do quilômetro 223, em Guarulhos (SP), também está interrompido. Na Rodovia Régis Bittencourt, que liga São Paulo ao Paraná, ambos os sentidos estão bloqueados no quilômetro 326, no município de Juquitiba (SP) devido aos protestos. Também há a confirmação que o Rodoanel Mário Covas, em Mauá, está interrompido por manifestantes.
Na cidade de São Paulo, há manifestações que impedem o trânsito na Avenida Politécnica, na zona oeste, e na Marginal Tietê, sentido Castelo Branco, na Ponte do Tatuapé. Foi confirmado protestos também na Radial Leste, na Avenida Praça Central de Itaquera, e na Rua da Consolação, que está com os dois sentidos bloqueados.
Mais cedo, a PM confirmou que na Praça Roosevelt, no centro da capital, ocorre um protesto contra o projeto da “cura Gay”, com mais de mil pessoas. Também havia concentração na Praça da Independência, no bairro Ipiranga, zona sul da cidade. Outro ponto com manifestações era a Praça Sílvio Romero, no Tatuapé, na zona leste.
Houve o registro de protestos na Praça Moça, com 500 pessoas, no centro de Diadema; 300 pessoas na estação de trem de Mauá (SP), e 200 pessoas na Praça Quarto Centenário, em Santo André (SP).
As manifestações nesta sexta-feira (21) em São Paulo não foram convocadas pelo Movimento Passe Livre (MPL). O MPL vinha organizando os atos pela revogação do aumento da tarifa do transporte público na capital paulista desde o dia 6, reivindicação atendida pelos governos estadual e municipal na última quarta-feira (19).
Na manifestação de ontem (20), que teve 100 mil pessoas, convocada pelo movimento para comemorar a redução das passagens, houve interferência de grupos trazendo “pautas conservadoras”, como definiu Douglas Belome, militante do MPL. Segundo ele, manifestantes com reivindicações como a redução da maioridade penal fizeram o Movimento Passe Livre, que existe desde 2005, desistir dos atos de rua na cidade de São Paulo.